Paulo Bento reconheceu esta noite a má participação de Portugal no Mundial 2014, assumindo o falhanço no objetivo de ultrapassar a fase de grupos.

"Parece-me claro que houve coisas e fatores que não correram bem. Tínhamos um objetivo claramente definido, que era passar a fase de grupos. Não o conseguimos, pelo que a nossa participação tem de ser vista como uma participação negativa. Dececionado? Sim, estamos todos, mas também o povo português. Acima de tudo sou um treinador que tem a consiência de que não alcançou o objetivo que tinha definido", afirmou o selecionador nacional.

Em entrevista à TVI 24, Paulo Bento reiterou o peso da goleada sofrida com a Alemanha no resto da caminhada da equipa das quinas. "Continuo a ter a ideia de que o jogo com a Alemanha nos deixou marcas negativas, tanto a nível de resultado como em termos emocionais. Não nos permitiu que, nos jogos seguintes, tivessemos uma reação de acordo com o nosso valor", frisou.

Por outro lado, o selecionador português quis desvalorizar a questão do clima e a influência que uma eventual demora na adaptação teve na Seleção. "Todos os erros podem ser apontados a mim, mas posso ou não estar de acordo. Quando as coisas correm mal, quem falha mais é o treinaor. As minhas opções foram tomadas em consciência, sabendo o que estava em jogo e em que estado estavam os jogadores. Todos os erros que me são imputados tenho de aceitar. Tenho que tomar decisões antes dos jogos e não depois. Hoje todos falam do clima, mas quantas pessoas falaram disso antes do jogo com Alemanha?", observou.

"Há períodos do jogo em que os jogadores estão fatigados, mas não me parece que possamos relacionar tudo o que tenha a ver com os resultados com a questão da temperatura ou humidade. Houve outros erros técnico e táticos aconteceram independente das condições climatéricas", acrescentou Paulo Bento.