O mundial de 1986 no México ficará para sempre na memória de argentinos e belgas. Para os argentinos, 1986 é sinónimo de Maradona, sinónimo de “mão de Deus” e daquele que poderá ter sido o melhor golo do 10 argentino, após passar por toda a equipa inglesa antes de marcar.

Mas, acima de tudo, México 1986 é sinónimo da conquista do segundo campeonato do mundo para a Argentina. A alviceleste ganhou o título de campeã do Mundo frente a Alemanha Ocidental por 3-2 naquele que é considerado como o Mundial de Maradona.

Para os Belgas, a história não é tão feliz, mas a competição de 1986 dita a melhor campanha de sempre da nação europeia. No México, os “red devils” alcançaram as meias-finais perdendo apenas para a Argentina que se tornaria campeã do Mundo.

O jogo entre Bélgica e Argentina ficaria decidido pelo génio de Maradona. Nas meias-finais, “el pibe” marcou dois golos e carimbou a passagem da Argentina para a final deixando a Bélgica na luta pelo 3º e 4º lugar. Os belgas acabariam por perder o jogo e ficar fora do pódio enquanto que a Argentina subia aos céus sob o comando de um imparável Maradona.

Passaram 28 anos e Argentina e Bélgica voltam a encontrar-se numa fase final de um mundial. Amanhã, no Estádio Nacional de Brasília, está em causa a passagem às meias-finais do Campeonato do Mundo 2014. A Bélgica, espera igualar a melhor marca que já conseguiu alcançar em mundiais, enquanto a seleção argentina procura chegar ao terceiro título em casa dos seus maiores rivais.

Se, no passado, Argentina tinha Maradona, que venceu o prémio de melhor jogador do torneio, agora a seleção argentina conta com outro astro do futebol. Lionel Messi foi coroado melhor jogador do mundo por quatro vezes e no Brasil tem aparecido para resolver nos momentos mais complicados da alviceleste.

A Messi junta-se o génio de DI Maria e a segurança de Mascherano. No setor mais defensivo, os “portugueses” Rojo e Garay (que se transferiu recentemente para o Zenit) tem estado em bom plano com o defesa do Sporting em evidência. Na baliza, a seleção das “pampas” tem estado intransponível com Sergio Romero a demonstrar o porque de ser o senhor das redes argentinas.

Contudo, do outro lado do campo vão estar 11 jogadores com vontade de igualar e tentar superar a melhor marca da Bélgica. Considerados por muitos a melhor geração de sempre do futebol belga, as expectativas são elevadas. Em 1986, eram Pfaff, Gerets, Renquin e Ceulemans as bases da equipa. Agora, a Bélgica, que mantem o seu registo 100% vitorioso apesar das dificuldades que tem sentido, É liderada pelo criativo Eden Hazard, do Chelsea, a seleção europeia apresenta um seleção jovem com bastante potencial para crescer.

Com a experiencia a partir do eixo defensivo, onde Van Buiten, Kompany e Vearmalean são essenciais, os “red devils” aposta em juventude e talento puro para frente do ataque. Com Hazard a surgir como a principal figura, a Bélgica aposta no jogo rápido, rendilhado e com grande vertente ofensiva. Com Lukaku e Origi, desconhecido até então, a frente de ataque está assegurada. Cabe ao meio campo ditar a forma de jogar e impor o seu jogo. Ai entram o ex-Benfica, Witsel, Fellaini e De Bruyne.

Em Brasília, Argentina e Bélgica definem um dos quatro semifinalistas que continuam na corrida para vencer o título de Campeão do Mundo. O vencedor enfrenta que sair vitorioso do jogo entre Holanda e Costa Rica.

Recorde o Campeonato Mundial de 1986