Um golo de Hummels (14') foi suficiente para a Alemanha vencer a França por 1-0, no Estádio Maracanã, e garantir um lugar nas meias-finais do Mundial 2014.

Primeira parte

A França chegou a este jogo consciente da superioridade alemã, pelo menos era esse o seu discurso público. Vinha cotando-se como uma surpresa neste competição, depois de um play-off de doidos com a Ucrânia. O bilhete para o Brasil custou-lhe e muito, mas com a viagem garantida tratou de dar espetáculo.

A Alemanha era o contrário. Forte, poderosa. Ainda antes o Mundial começar já se dizia favorita, e provou-o atropelando Portugal logo no seu primeiro jogo.

Estavam os dados lançados para um confronto histórico, não só pela história do futebol, mas pela história da história, a que marcou este mundo.

Ora nesta primeira parte, as forças equilibraram-se. Os germânicos rendilhavam o seu futebol, apoiavam-no de sobremaneira e fazia a bola entrar nas costas vezes sem conta da defesa contrária. Os calafrios era muitos, os remates nem tanto, mas o perigo estava lá.

Jogados os primeiros minutos, veio uma das armas fortes desta Alemanha. Livre de Kroos e cabeçada de Hummels para o fundo da baliza. Os processos de ataque eram mais complicados, mas foi a simplicidade do livre que lhe deu vantagem (14').

A França, esta surpresa mundial, não se abatia. Não tinha a posse de bola do adversário, mas nem precisava. Jogava de forma simples, chegava de forma fácil e tinha em Valbuena e Benzema os seus protagonistas (só Pogba, de quem tanto se esperava, destoava). Os franceses rematavam, mas a bola ia batendo onde não queria, ora nos defesas alemães, ora em Neur que dizia presente. E foi o guarda-redes alemão que, com uma defesa ao alcance de poucos, a remate de Valbuena, garantiu a vantagem ao intervalo.

Segunda parte

Os últimos 45 minutos foram de maior luta, de menor beleza do futebol, e da procura de resultados práticos que não apareceram.

A França assumiu por largos minutos o encontro sempre com a referência Benzema. Mas a luta do avançado com os centrais alemães foi quase sempre inglória. Hummels e Boateng criaram um verdadeiro muro à frente de Neuer. Quando a situação apertava lá estava um ou outro a travar a bola no último momento. Quando o francês ultrapassava o muro de Berlim, batia de frente com a classe do guardião germânico. Foi assim aos 94 minutos para desespero dos franceses presentes no Maracanã.

Antes do jogo, Joachim Loew dizia que a Alemanha ainda não tinha feito uma grande exibição neste Mundial 2014, e hoje também não foi o dia. A fórmula continua a ser o pragmatismo em vez do brilhantismo. E aí está a Alemanha nas meias-finais. E a França, uma boa surpresa, e que hoje voltou a mostrar que não é por acaso que aqui chegou, a ficar pelo caminho.

Os germânicos ficaram agora à espera de saber quem será o seu adversário que sairá do encontro entre a Colômbia e o Brasil.