Para que conste, Luiz Felipe Scolari ainda é selecionador do Brasil. O Felipão ainda não disse se pretende continuar no leme da “canarinha” depois da hecatombe germânica das meias-finais, mas a imprensa brasileira já se apressou a procurar um sucessor.

Por agora, o nome favorito da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é Adenor Leonardo Bachi, mais conhecido como Tite. O técnico que levou o Corinthians aos títulos da Taça Libertadores e do Campeonato do Mundo de Clubes é visto pelos diretores da CBF como uma pessoa com capacidade para voltar a colocar a seleção brasileira no topo do mundo.

Já os adeptos brasileiros parecem preferir algo completamente diferente. O Brasil não é país que costume importar treinadores, tendo sempre preferido a “prata da casa” para impôr o futebol tradicionalmente atractivo e tecnicamente evoluído do “escrete”, mas a goleada das meias-finais parece pedir uma revolução.

Como avança o portal Lancenet, existe já uma corrente dentro da CBF para eleger um técnico estrangeiro, com uma cultura tática diferente. O vice-presidente do organismo, Delfim da Pádua Peixoto, já abriu portas à “importação”.

“Há muito tempo que se pensa num técnico estrangeiro. Várias seleções têm um, com sucesso. Trazer um técnico de fora não é um erro. Se eu for chamado para decidir, é essa a minha opinião”, disse o “vice”.

Quanto a Scolari, uma certeza: o técnico não pode continuar no comando da seleção. “Ele é meu amigo, mas não dá mais. Está ultrapassado, obsoleto. Colocou o menino Bernard contra aqueles cavalos da Alemanha. Não tinha como dar certo. Ele não pode mais voltar para a Seleção, tem que ir embora. Precisamos de uma revolução, de uma renovação”, disse Peixoto depois da derrota por 1-7 com a Alemanha.

A opinião é partilhada pelo público, mas só o tempo revelará a decisão final da CBF. Com nomes como Tite e Alexandre Gallo na lista de possíveis sucessores, a decisão até pode pender para o conservadorismo, mas nas redes sociais há um nome que parece ser o grande sonho dos adeptos brasileiros: o espanhol Pep Guardiola, treinador do Bayern de Munique.