A cada quatro anos, os brasileiros exigem um título mundial à sua seleção. Tudo que o seja abaixo disso é considerado um fracasso. Ora a jogar em casa, a exigência do povo era ainda maior, assim como a pressão.

A derrota histórica por 7-1 com a Alemanha foi um escândalo de proporções que vão muito para além de um simples jogo de futebol, e que até levou a presidente brasileira, Dilma Roussef, a referir que iria tomar algumas medidas quanto a isto.

E se isto vai para além de um jogo de futebol, os músicos brasileiros também têm uma palavra a dizer sobre o assunto, e foi o que aconteceu, este sábado, no Estádio Maracanã.

Em conferência de imprensa para fala sobre o encerramento da competição, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown recusaram a ideia de fracasso pela eliminação do Brasil, e criticaram a pressão que os jogadores sofreram.

“Como brasileiro não me sinto fracassado, o meu país é novo como a seleção que nós temos. Acho que não se deve depositar esperanças gigantes sobre crianças. Lutar por um terceiro lugar não é ruim. Foi um sentimento naquele momento, mas isso não fará Neymar, David Luiz menor. Em qualquer história é preciso saber aprender a ganhar e a perder”, disse o cantor baiano.

Carlinhos Brown foi secundado pela sua conterrânea: “Eu não me sinto derrotada. Faço das suas palavras as minhas também. São muito novos. Nunca se viu um Mundial no Brasil com esta pressão, obrigação. É necessário reconhecer que as nossas vitórias são maiores do que as derrotas. Nós somos penta e ninguém é penta”, declarou.

O Brasil defronta, este sábado, a Holanda, em Brasília, no jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar.