O português João Carlos Pereira, treinador do Servette, manifestou-se hoje confiante na viabilidade do clube suíço de futebol, após conversa com o novo dono.

«Tive uma pequena conversa com o novo proprietário, que se revelou uma pessoa apaixonada pelo futebol. Disse-me para estar tranquilo, que iria tentar resolver os problemas do clube. Falou com grande paixão pelo futebol e pelo Servette e acredito que não deixará que o clube acabe», disse.

O empresário canadiano Hugh Quennec, dono da equipa de hóquei no gelo Genéve-Servette, fez uma proposta de aquisição do clube e que foi aceite pelo anterior proprietário, o iraniano Majid Pishyar, igualmente dono do Beira-Mar, pelo preço simbólico de um euro.

«Numa altura em que toda a gente quer uma solução para o Servette, todos devemos entender que nós podemos fazer parte dessa solução, se vencermos os nossos jogos, se conseguirmos criar entusiasmo nos nossos adeptos e até nas pessoas que estão dispostas a investir no clube. A solução também é connosco e por isso é que já disse aos jogadores que é importante vencermos o Lausana», acrescentou o técnico luso.

O Tribunal de Genebra adiou por mais um mês a decisão quanto à falência do Servette, porque a juíza entendeu que o clube tem condições para se manter em atividade.

Hoje, o presidente do Sindicado dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), Joaquim Evangelista, anunciou que vai apresentar às instâncias nacionais e internacionais da modalidade uma denúncia sobre as práticas de gestão do empresário iraniano Majid Pishyar.

Quinto da Liga com 30 pontos, o Servette tem nos seus quadros o diretor desportivo, Costinha, os treinadores João Carlos Pereira e João Neves e os jogadores Roderik (emprestado pelo Benfica), Barroca, Daniel Soares e Saleiro, assim como o luso-descendente Thierry Moutinho.

A falência do Servette foi declarada a 1 de março, numa época negra para o futebol suíço, em que o Neuchâtel Xamax foi excluído da Liga.