O futebolista internacional Danny, presentemente a jogar no Zenit de São Petesburgo, na Rússia, será entronizado na quinta-feira pela Confraria do Vinho da Madeira.

A cerimónia terá lugar no Instituto do Vinho, Bordado e Artesananto da Madeira (IVBAM), no Funchal, e foram também endereçados convites ao presidente daquele clube russo, Aleksandr Dyukov, e ao embaixador daquele país em Portugal, Pavel Fiodorovitch, que, «por motivos de agenda, não estarão presentes», disse à agência Lusa a responsável deste organismo, Paula Cabaço.

A iniciativa conta com a presença do presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, que também é confrade, à semelhança de outras personalidades, caso do Rei Juan Carlos de Espanha, de D. Duarte de Bragança e do Presidente da República Portuguesa, Aníbal Cavado Silva, que foi entronizado em 2009, além de outras figuras regionais.

Danny é lusodescendente e esta iniciativa representa o seu apoio à ação promocional do Vinho Madeira, uma das mais tradicionais produções regionais, sobretudo na Rússia, país para onde a região exporta uma média de 1.600 litros por ano, que, «embora seja um mercado com reduzida expressão, tem um potencial de crescimento», adiantou a presidente do Instituto.

Segundo Paula Cabaço, sendo esta Confraria uma associação cultural que pretende «contribuir para o bom nome do Vinho Madeira além-fronteiras, é uma honra e orgulho ter um elemento com a visibilidade e o prestígio internacional do Danny, que passa a ser embaixador de um produto que é também o símbolo da sua região».

A responsável referiu ainda que existem «factos históricos que ligam a Madeira à Rússia, designadamente registo do Vinho Madeira ser utilizado na corte de S. Petersburgo nos finais do século XVIII».

A Confraria do Vinho Madeira foi fundada em 1985, sendo uma instituição de caráter cultural e associativo que tem por objetivo «promover o bom-nome do Vinho da Madeira em todo o mundo».

O traje desta Confraria que Danny passa a utilizar é composto por uma capa longa de veludo em tom de vinho carregado, «lembrando o rubi da Malvasia vinda da Grécia» e um chapéu (veludo preto com plumas de avestruz de várias cores), semelhante ao dos ricos mercadores da colonização da ilha.

O confrade tem ainda uma “tamboladeira”, uma pela de metal (estanho) que serve para brindar aos novos membros.