Uma bolsa universitária, conquistada pela habilidade com a bola, pode não ser o sonho americano comum, mas é o de José Maria Freitas que hoje saberá se é um dos escolhidos para receber um passaporte para os Estados Unidos.

Hoje é o dia D para José Maria Freitas, como o é para os restantes 31 inscritos na iniciativa da USE AMERICA, que veio a Portugal, mais concretamente ao estádio do Restelo, em Lisboa, recrutar futebolistas entre os 15 e os 22 anos para as ligas universitárias dos Estados Unidos, com bolsa incluída.

Um dia depois de ter sido observado pela primeira vez pelos nove treinadores norte-americanos, o jovem de 20 anos saberá se vai ou não viver aquilo a que o próprio chama “sonho americano”.

«Ir para lá para fora jogar futebol, com bolsa, alojamento, alimentação… ainda é melhor. Conciliar o futebol com os estudos, então não há melhor, ainda por cima nos Estados Unidos», disse à Lusa.

E, se para os outros, o «sim» equivale ao início do sonho americano, para José Maria Freitas é apenas um recomeço. Nascido em Wichita Falls, no Texas, em 1992, veio para Portugal quando ainda era novo. Não se lembra «de grande coisa», mas gostava de voltar ao país que o viu nascer.

«Já voltei lá uma ou duas vezes, mas gostava de voltar e viver lá uns tempos», contou à Lusa.
Mas, os planos do jovem vão muito além do futebol: «Acho que fazer um mestrado fora era um ótimo impulso para a minha vida profissional».

José quer formar-se em recursos humanos e já começou a projetar a vida nos Estados Unidos, com a inscrição no TOEFL, o exame de inglês necessário para entrar nas universidades do seu país de origem, até porque, como o próprio reconhece, aos 20 anos, “é cada vez menos uma hipótese ser jogador profissional”.

«Mas, se surgir a oportunidade, não vou dizer que não», completou, indicando que o que mais gosta nos Estados Unidos é o espírito de equipa e a forte importância dada ao desporto universitário.

O destino de José Maria Freitas depende, sobretudo, de David Santesteban, o coordenador técnico das camadas jovens das seleções dos Estados Unidos e o líder do grupo de treinadores presente em Portugal para a captação de talentos, que não tem problemas em confessar que está á procura de estrelas.

«Aqui, o que vemos e por aquilo que os treinadores se aperceberam, é que [os futebolistas] têm um rendimento físico muito grande, são muito fortes e bravos. São bons tecnicamente, são superiores, muito bons. Têm o jogo bonito, como vocês dizem», resumiu, assumindo que, apesar da evolução recente, o futebol do outro lado do Atlântico tem muito que melhorar e pode aprender com os europeus.

Mas, mais do que um bom futebolista, Santesteban está à procura de um atleta-estudante.

«Uma das regras que tem o futebol universitário é que primeiro há que ser estudante. Se vamos dar uma bolsa e uma licenciatura, tem de ser bom estudante», explicou, revelando que há «uma dúzia» de jovens que podem rumar aos Estados Unidos.

Será hoje, ao final da tarde, que o treinador dará a boa/má nova aos jovens futebolistas. Estará José Maria Freitas entre os escolhidos?

Seja o melhor treinador de bancada!

Subscreva a newsletter do SAPO Desporto.

Vão vir "charters" de notificações.

Ative as notificações do SAPO Desporto.

Não fique fora de jogo!

Siga o SAPO Desporto nas redes sociais. Use a #SAPOdesporto nas suas publicações.