Ambicioso convicto, Mourinho garante que vai continuar a trabalhar com clubes, “até ser velhinho”. Só nessa altura, “com 60 ou 70 anos” tenciona assumir os comandos da Selecção Nacional “se me quiserem”, afirma. E mesmo assim, os clubes portugueses podem esquecer a contratação de Mourinho: “Não me motiva trabalhar no futebol português, não me motiva viver em Portugal, nada me motiva. Portugal é o meu país, é a minha paixão, mas não faz parte dos meus horizontes nem da minha família viver em Portugal e trabalhar no futebol português”, afirmou Mourinho em entrevista.

O “especial” reconhece, no entanto, o estatuto conquistado em Portugal e que permitiu entrar no mercado internacional de forma mais confortável.

Diz não acompanhar de muito perto o campeonato nacional, mas dificilmente a paixão pelo futebol permite que deixe de lado a prestação dos clubes lusos. Principalmente aqueles por onde passou e onde ainda tem “amigos”.

Melhor do mundo? “Não gosto quando dizem que sou o melhor do mundo. Prefiro dizer que em 2004 e em 2005, fui eleito o melhor treinador do mundo. Há um grupo dos melhores, dos quais não me excluo, mesmo que alguém queira excluir, não me excluo, mas num ano é um que ganha, porque a sua equipa ganhou mais vezes... mas aquele ‘approach’ de que é o melhor não o consigo fazer em termos absolutos”, garante José Mourinho.

O “especial” tem uma prova de fogo para a Liga dos Campeões, em casa do Barcelona, e continua na liderança do campeonato italiano. A manter esta prestação, chegará ao final da época com, pelo menos, mais um título. O de campeão da Liga Italiana. No futuro, quem sabe qual será o clube pelo qual o filho vai torcer.