O Benfica sofreu a primeira derrota da pré-época, ao ser batido pelos ingleses do Burnley por 2-0, no Restelo. Depois de quatro vitórias diante de Southampton, Al Nassr, Basileia e Celta de Vigo, os campeões nacionais foram finalmente batidos, num jogo em que foram perdulários no ataque e permeáveis na defesa.

A formação, orientada pelo belga Vincent Kompany, revelou ser um bom teste para o Benfica pelo excelente trabalho defensivo que apresentou. Soube fechar-se, encurtar linhas, travar as ações ofensivas da formação portuguesa e, sobretudo, aproveitar os erros dos ‘encarnados’.

Diante do emblea inglês, neste jogo realizado no Estádio do Restelo em Lisboa, Roger Schmidt optou por ter um meio-campo com um duplo pivot formado por Aursnes e Kokçu.

Perante o campeão da II Liga inglesa, o Benfica até entrou mais forte, a procurar dominar não só a posse de bola, mas também a ocupação dos espaços como forma de conseguir entrar no último terço do adversário. Di Maria mostrou-se mas sem sucesso.

Os ingleses, com uma postura mais passiva, até dispuseram da primeira oportunidade de golo, aos 11 minutos, quando Townsend recebeu a bola à entrada da área e, com um remate colocado, levou-a a passar muito perto do poste direito da baliza de Vlachodimos.

O Benfica mandava mas falhava na concretização.

Apesar deste duelo de forças, a verdade é que não teve efeitos práticos no primeiro tempo, embora as ocasiões de golo pertencessem efetivamente aos campeões portugueses, como foi o caso da dupla oportunidade, aos 24 minutos, onde João Mário, primeiro, e depois Gonçalo Ramos, ambos de cabeça e muito próximos da linha de golo, estiveram perto de inaugurar o marcador, mas encontraram pela frente o guarda-redes Muric.

Antes do intervalo, mais duas oportunidades perdidas pelo Benfica. Gonçalo Ramos primeiro, aos 41, a rematar para fora um centro de João Mário quando podia ter passado a Di Maria; aos 45+2, novamente Gonçalo Ramos, agora a perder no duelo com Muric que defendeu o tiro do avançado português.

Na segunda parte, após várias mudanças nas duas equipas, os ingleses marcaram aos 56 minutos. João Neves fez um passe errado, o Burnley lutou pela bola e, após alguns ressaltos, a bola foi ter com Dodgson que, com Ristic pela frente, atirou a contar, surpreendendo Samuel Soares, o guardião do Benfica no segundo tempo.

O Benfica, algo nervoso e errático, manteve os olhos postos na baliza do Burnley, mas era notória a falta de entrosamento deste ‘onze’ que foi vivendo as ações de David Neres e de Chiquinho, com o primeiro a ter a oportunidade de empatar aos 64 e 68 minutos. Antes, aos 61, Tengstedt também não conseguiu fazer o 1-1, novamente por culpa de Muric, que defendeu com os pés o remate do avançado.

Aos 82 minutos o Burnley fez o 2-0. Townsend rematou de fora da área, a bola bateu na frente de Samnuel Soares e dificultou a tarefa do jovem guardião do Benfica. Na recarga, Ekdal atirou para o fundo das redes.

Primeira derrota do Benfica, ao cabo de cinco jogos na pré-época. Os encarnados tinham ganho a Southampton, Basileia, Al Nassr e Celta de Vigo.

Ficha de jogo

Jogo realizado no Estádio do Restelo, em Lisboa.

Burnley - Benfica, 2-0.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

1-0, Dodgson, 56 minutos.

2-0, Ekdal, 82.

Equipas:

- Burnley: Muric, O'Shea, Ekdal, Al-Dakhil, Dodgson, Gudmundsson, Cork, Trialist, Twine, Rodríguez e Weghorst. Jogaram ainda: Amdouni, Taylor, Zaroury, Roberts e Jaz Davies.

Treinador: Vincent Kompany.

- Benfica: Vlachodimos, Bah, António Silva, Morato, Jurásek, Kokçu, Aursnes, Di María, Rafa, João Mário e Gonçalo Ramos. Jogaram ainda: Samuel Soares, João Neves, João Víctor, Tomás Araújo, Ristic, Florentino, Chiquinho, David Neres, Schjelderup, Tengstedt e Musa.

Treinador: Roger Schmidt

Árbitro: Pedro Ramalho (AF Évora).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Cork (30).

Assistência: cerca de 12 mil espetadores.