O FC Porto confirmou, este domingo, que estão a ser realizadas buscas em locais associados ao clube.

"O Futebol Clube do Porto informa que estão a decorrer buscas numa das participadas do Grupo, a Porto Comercial, e na loja do Associado no Estádio do Dragão, e desde já compromete-se a prestar todo e qualquer apoio às autoridades no desenrolar das suas diligências", pode ler-se.

Em causa estará um esquema ilegal de venda de bilhetes não para só para o encontro deste domingo, mas para a final da Taça de Portugal no Jamor, entre leões e dragões.

Aparentemente estão a ser visados funcionários do clube e também membros da claque Super Dragões. As autoridades suspeitam que os esquemas montados para a venda de ingressos tenham continuado, mesmo após a Operação Pretoriano, que resultou na detenção do líder da claque, Fernando Madureira.

Recorde-se que o FC Porto recebe, este domingo, o Boavista, 14.ª classificado na I Liga a partir das 20h30.

A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, sustentando o Ministério Público que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo”, para que fosse aprovada a revisão estatutária “do interesse” da então direção ‘azul e branca’, liderada por Pinto da Costa.

Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, que continua em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro.

Em causa estão crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação.

Com Lusa