O FC Porto é das equipas que mais golos marcou vindos do banco. Ao todo, os 'dragões' somam dez tentos apontados por jogadores suplentes, dos 50 que já leva esta época.

O rendimento dos jogadores vindos do banco não é obra do acaso. O jornal OJogo revela, na edição desta quarta-feira, alguns dos segredos para o alto rendimento de jogadores que não são titulares mas nunca perdem a motivação.

Um dos segredos está no treino. Sérgio Conceição obriga, sempre que possível, a que todo o plantel seja sujeito à mesma carga na preparação física e técnico-tática. Isso é feito através dos jogos-treino logo a seguir aos jogos oficiais, para que os menos utilizados possam competir e tenham ritmo a um nível semelhante a quem fez o jogo oficial. Diz OJogo que, no entender de Conceição, só assim ritmo a um nível semelhante a quem fez o jogo oficial. Além disso, possibilita que todos estejam preparados para entrar na equipa, responder e lutar de forma igual para por lá ficar. Sérgio Oliveira, José Sá ou Óliver são alguns dos exemplos. Esses jogos-treinos, de muita intensidade, são muitas vezes realizadas frente a equipa B dos 'dragões'. É o fisiologista Eduardo Oliveira quem garante que as cargas são as mais aproximadas possíveis às de um jogo.

Outro segredo de Sérgio Conceição é que tira o máximo partido dos suplentes, promovendo a competitividade dentro do plantel. Os menos utilizados são obrigados ao mesmo controlo físico e até de peso de qualquer outro jogador, e alguns dados recolhidos nos treinos são utilizados junto dos habituais titulares como forma de aviso e até para reforçar a competitividade, escreve OJogo. Conceição elogia, sempre que possível, a aplicação dos menos utilizados, alertando também os titulares de que é preciso manter o nível ou até melhora-lo, de forma a manter o seu lugar no onze.

Outro dado que ajuda a explicar a intensidade e confiança de quem entra é o facto de Conceição não ter problemas em promover um habitual suplente a titular, sempre que mostra argumentos quando entra. Sérgio Oliveira passou de suplente a titular e depois voltou ao banco, o mesmo aconteceu com Óliver Torres que agarrou o lugar neste 2018 e, desde que entrou na equipa, o FC Porto só sabe ganhar. Otávio e Corona são outros dos exemplos .

As conversas particulares com os jogadores, muitas vezes em pleno relvado logo após os jogos, assim como os elogios públicos, são outras das formas de Conceição manter todos motivados.

Outro dado tem a ver com os prémios de jogo, pagos me função dos objetivos e minutos cumpridos. Antes, os menos utilizados numa determinada prova ou os não utilizados recebiam nada ou uma verba residual. Mas Conceição, com ajuda do capitão Hector Herrera mudou isso: todos têm um mínimo garantido, independentemente dos minutos, em caso de conquistas. Este dado acabou por ter um peso nas contas da SAD na época passada, já que houve um aumento de custos em 2017/18 com os prémios pagos pela conquista do campeonato. Todos os jogadores receberam prémios pela conquista, mesmo os que quase não jogaram, garante OJogo.