A empresa que está encarregue da gestão do Estádio do Algarve vai ser extinta. De resto, esta é uma medida anunciada há alguns meses e que está agora prestes a concretizar-se, disse à Lusa o presidente da capital algarvia.

As duas autarquias criaram há dez anos uma associação municipal para gerir o Parque das Cidades, complexo no qual se insere o estádio, que começou a ser construído quando Portugal foi designado para acolher o Euro 2004.

O passo seguinte foi a criação da empresa intermunicipal Parque das Cidades onde inicialmente trabalhavam cerca de vinte pessoas, número que está já a ser gradualmente reduzido para menos de metade, segundo Macário Correia.

Face às dificuldades em pagar os três milhões de euros de despesa anual do espaço, cuja manutenção diária ronda os cinco mil euros, as autarquias decidiram reduzir o quadro de pessoal e extinguir a sociedade.

“Não precisamos de ter lá uma associação de municípios e mais uma empresa intermunicipal”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, sublinhando que a Associação de Municípios Loulé/Faro é para manter.

Quanto ao quadro de pessoal, ficará reduzido “apenas às pessoas que são essenciais” para a manutenção do complexo, nomeadamente electricistas e jardineiros, sendo dispensados a maior parte dos quadros superiores.

“Poupamos cerca de cem mil euros por ano e as funções do estádio mantêm-se intactas”, frisa, acrescentando que o estádio será “impecavelmente mantido” para estar disponível para a qualquer momento receber um jogo.

Construído para receber os jogos de futebol durante o Euro2004, o Estádio Algarve não voltou a ter desde então uma utilização contínua, servindo esporadicamente para concertos, feiras e eventos anuais como a Taça da Liga ou o Rally de Portugal.

Com capacidade para 30 mil pessoas, o estádio insere-se no complexo para onde se prevê a construção do futuro Hospital Central do Algarve e onde já existe o Laboratório Regional de Saúde Pública.