O FC Porto não foi além de um empate a zero bolas com o Vitória de Setúbal, em jogo da 9.ª jornada da I Liga. Os ´dragões` vinham de quatro triunfos seguidos mas não conseguiram bater Bruno Varela, guarda-redes dos sadinos que voltou a fazer uma grande exibição e negou o golo dos Dragões em várias ocasiões. O FC Porto ficou a pedir penálti sobre Otávio aos 85 minutos, num lance em que Vasco Fernandes derruba o brasileiro na área. O árbitro entendeu que foi simulação. Quem beneficia com este empate é o Benfica que passa a ter cinco pontos de vantagem sobre os ´dragões` e sete sobre o Sporting.

Nuno Espírito Santo parece ter encontrado um onze-base. Não repetiu a equipa que goleou o Arouca mas apenas trocou uma ´peça`, fazendo regressar Otávio ao onze, no lugar de Corona. Em Setúbal, os azuis-e-brancos tentavam dar seguimento ao bom momento que a equipa está a viver, num estádio onde costumam ser felizes, com 16 vitórias seguidas no Bonfim (68 jogos, 37 vitórias contra 16 do adversário. Houve 15 empates). Do lado sadino, José Couceiro chamou Fábio Cardoso e André Claro para o onze, face às ausências de Frederico Venâncio e Zé Manel (este, emprestado pelo FC Porto).

Foi um jogo complicado do ponto de vista ofensivo para o FC Porto. Apesar de ter muita bola, a equipa de Nuno Espírito Santo sentia dificuldades em criar situações de golo. Na primeira parte, apenas duas oportunidades de golo. O primeiro aos 25 minutos, num lance de contra-ataque em que Diogo Jota serviu Oliver mas o espanhol rematou contra os pés de Bruno Varela. Cinco minutos depois foi Diogo Jota a rematar para fora, de cabeça, após centro de Layún, num lance em que tinha tudo para marcar.

Se por um lado o FC Porto sentia dificuldades para criar lances de golo, o mesmo também se poderá dizer do Vitória de Setúbal no primeiro tempo. Iker Casillas foi um autêntico espetador e raramente teve de intervir.

Os ´dragões` voltaram dos balneários com outra disposição e encostaram o Vitória de Setúbal ´ às cordas` nos primeiros minutos. Mas na baliza sadina estava Bruno Varela, seguríssimo, como mostrou aos 55, num desvio de cabeça de Diogo Jota à queima-roupa. Antes, aos 49, tinha sido André Silva a desperdiçar uma grande oportunidade, num remate de cabeça ao lado.

Com o jogo a não mudar, os dois técnicos socorreram-se do banco para tentar mudar o rumo dos acontecimentos. Nuno Espírito Santo lançou Corona, Brahimi e Rúben Neves para os lugares de Diogo Jota, Herrera e Oliver Torres. Do lado sadino, Couceiro fez entrar Vasco Costa e Arnold para os lugares de Santana e João Amaral. Os sadinos aproveitaram um maior balanceamento ofensivo dos azuis-e-brancos para criarem perigo em lances de contra-ataque. Aos 78 minutos Fábio Cardoso introduziu a bola na baliza de Casillas mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo.

Nos minutos finais o FC Porto pressionou e muito, na procura do golo da vitória. Aos 85 minutos, Otávio caiu na área sadina, num lance com Vasco Fernandes mas o árbitro considerou simulação do jovem médio brasileiro. A verdade é que o central do Vitória de Setúbal toca na perna de Otávio, derrubando-o. Seria grande penalidade.

O Setúbal defendeu como pôde e, 19 anos depois, voltou a pontuar em casa frente ao FC Porto. Quem beneficia com este empate é o Benfica que passa a ter cinco pontos de vantagem sobre os ´dragões` e sete sobre o Sporting.