O presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, admite vender jogadores em janeiro para garantir a sustentabilidade do clube, cuja equipa de futebol ocupa a terceira posição na Primeira Liga.

"Somos um clube que está num patamar intermédio do que é a escala dos clubes profissionais e, assim como os outros clubes, precisamos de complementar as receitas ordinárias com a transferência de jogadores", começou por afirmar aos jornalistas no final da gala que encerrou as comemorações do 92º aniversário do clube, na noite de quarta-feira.

Segundo o dirigente, "em janeiro, se a tesouraria assim obrigar", o Vitória "terá que abdicar de uma ou outra ‘pérola’".

"Contra nossa vontade, certamente, mas em prol da sustentabilidade do clube, teremos que o fazer", disse.

Contudo, avisou que o Vitória de Guimarães "não venderá por qualquer preço".

"Hoje temos uma dificuldade bastante reduzida comparando com a que tivemos no passado. Temos uma escala e essa é a que será usada nas decisões que tivermos que tomar nessa matéria", explicou.

O presidente notou que as renovações de alguns jogadores, os mais recentes foram Hernâni e Traoré, inserem-se numa "gestão cuidada e responsável" do clube, para que os jogadores "tenham mais estabilidade na sua carreira" e o Vitória "mais estabilidade na gestão dos seus ativos".

Em março de 2015 termina o mandato de Júlio Mendes, mas uma eventual recandidatura à presidência do clube minhoto só será decidida pouco antes. Júlio Mendes recusou estar à espera de uma "vaga de fundo" dos associados do Vitória para avançar.

"Em princípios de fevereiro irei reunir com as pessoas que me têm acompanhado e ajudado [na direção] e tomarei uma decisão. Estou a ser responsável e verdadeiro com os vitorianos, não quero estar a precipitar-me. No futebol, um mês é uma eternidade e uma época uma infinidade", disse.