O Benfica vai entrar numa fase decisiva da época, com muitos jogos em pouco tempo que irão ditar muito da temporada dos encarnados. Além de estar a lutar pelo título na Primeira Liga, os encarnados estão nas meias-finais da Taça de Portugal e ainda na Liga Europa. A formação orientada por Roger Schmidt vai agora entrar numa fase frenética de 11 jogos, no mínimo, até ao final da época, com alguns separados apenas por três dias.

A eliminatória com o Marselha, nos quartos de final da Liga Europa, terá um jogo da I Liga pelo meio, ao contrário dos franceses que optaram por adiar o seu jogo da Ligue 1. Pedro Proença garante que o Benfica não pediu adiamentos.

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"Há conversações que não são do conhecimento público. A Liga Portugal e o Benfica tiveram conversações a esse nível e ficou decidido que não havia necessidade de alterações no calendário. A Liga foi providente, o Benfica anuiu. A calendarização foi trabalhada entre as partes de forma responsável. Se há coisa que a Liga tem feito desde o início da época é a defesa dos clubes portugueses nas provas internacionais", comentou o presidente da Liga de Clubes, à margem da gala do jornal 'O Gaiense'.

O líder da Liga de Clubes garante que haverá emoção até ao final nos dois campeonatos profissionais de futebol.

"Estamos nesta fase e a verdade é que, quer na I Liga como na II Liga, muitas equipas podem ser campeãs, algumas despromovidas e portanto vamos ter emoção como tem sido habitual nas nossas competições profissionais e isto acontecerá até à última jornada. E portanto muitas vezes acusam que o futebol português não tem interesse, não tem competitividade. Nós somos o claro sinal do contrário dessa tese e portanto há coisas a fazer, claro que há, nós sabemos", atirou.

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Na próxima quarta-feira, os líderes dos clubes profissionais vão estar reunidos com a Liga de Cubes na cimeira de presidentes. O momento servirá para olhar para o calendário da próxima época, que terá mais jogos, com as mudanças na Liga os Campeões.

"Estamos neste momento numa antecâmara de uma alteração de um calendário internacional que nos vai criar muitíssimas dificuldades. Serão cinco datas a mais, portanto temos que nos saber preparar. Daqui a dois dias teremos uma cimeira muitíssimo importante, com todos os presidentes, queremos ouvir os presidentes. Estamos neste momento na antecâmara de projetos absolutamente fundamentais e que serão 'game changers' para o futebol português. Centralização dos direitos, aquilo que será o assumir do novo corpo executivo do poder político, aquilo que temos para resgatar para a indústria do futebol, continua a ser destratada naquilo que é a sua responsabilidade e aquilo que é o peso que hoje tem", comentou Proença.

O dirigente lembrou, ainda, outros grandes desafios do futebol profissional em Portugal, como a centralização dos direitos ou a questão fiscal para indústria do futebol, a ser tratada com o novo governo, e, quando questionado sobre o seu futuro, preferiu focar-se no presente.

“O futuro a Deus pertence. Neste momento, os desafios são imensos, quer à frente da European Leagues, quer na Liga Portugal. Felizmente, tenho tido a sorte e o privilégio de fazer coisas boas, quer enquanto árbitro, quer enquanto dirigente”, disse Pedro Proença.

Questionado sobre a polémica do dia a envolver Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, numa alegada agressão um polícia e um autarca em Espanha, o presidente da Liga de Clubes foi taxativo: "Hoje não é o dia para comentar qualquer tipo de outra situação. Hoje é reconhecer o trabalho de árbitros, dirigentes, futebolistas... É um momento de consagração."