"Não podemos esconder mais as coisas, mas o facto é que o clube tem compromissos e a partir do dia 8 (de Novembro), corremos o risco de existirem profissionais a rescindir", disse à Agencia Lusa, Artur Moreira.

O dirigente dos "aurinegros", responsável pela gestão corrente do clube, após a demissão da Comissão Administrativa, declarou que "a gestão deste processo tem sido boa", elogiando "a atitude dos profissionais que temos, pois têm sido muito compreensivos".

"Estava a ser discutida uma solução directiva, mas as nossas diligências falharam completamente e, neste momento, não temos nenhum plano alternativo estruturado para apresentar aos sócios", continuou.

O responsável sublinhou estar a acompanhar "as movimentações que têm sido feitas no sentido de arranjar uma solução para o clube" e adiantou ter "conhecimento que dois grupos distintos de sócios estão a trabalhar nesse sentido", embora sem acções concretas até agora.

Artur Moreira afirmou que o Conselho Geral tem lançado os "sinais de alarme", mas que o "alheamento" dos sócios tem sido preocupante, frisando, nunca ter pensado "estar a viver este momento do clube".

O Beira-Mar tem agendada para sexta-feira uma Assembleia Geral para definir a situação futura do clube e Artur Moreira apelou à participação dos associados - "nem tudo está perdido e só posso pedir a participação de todos".

No caso de persistir o vazio directivo no clube de Aveiro, que está sem Comissão Administrativa desde o dia 8 de Outubro, Artur Moreira explicou que poderá avançar uma comissão liquidatária para extinguir o clube aveirense por decisão dos sócios.