Em comunicado divulgado hoje no seu "site" oficial na Internet, o Belenenses queixa-se de que adeptos do clube do Restelo que se deslocaram ao Estádio do Dragão, a 30 de Outubro, para assistirem ao encontro, foram impedidos de entrar com "faixas e outros materiais" alusivos ao emblema do Restelo.

A Direcção confirma que os elementos do Núcleo Oficial do clube, a claque Fúria Azul, haviam sido "previamente informados pelas forças de segurança de que não poderiam ser portadores de faixas ou estandartes" alusivos ao grupo, por não estarem registados enquanto tal, de acordo com a Lei.

No entanto, afirma que, apesar de os adeptos do clube não se terem apresentado no Estádio do Dragão com qualquer material alusivo ao Núcleo, "foram impedidos de aceder aos lugares que lhes estavam destinados na qualidade de adeptos do clube visitante (...), sem que deixassem no exterior as faixas e outros materiais autorizados por lei, que continham exclusivamente as cores, textos e insígnias do Clube de Futebol 'Os Belenenses'".

Como tal, e realçando que "é da mais elementar liberdade individual e colectiva que cada adepto envergue livremente as cores e os símbolos do seu clube", a Direcção do Belenenses considera que "num jogo televisionado, em canal aberto, o facto de não ter sido permitido visionar nas bancadas os seus símbolos e marca lesou irreversivelmente o Clube".

Tratando-se de um clube que "sempre respeitou adversários e outras instituições", a direcção belenense conclui o comunicado assegurando que "já contactou as várias entidades envolvidas, no sentido de obter as explicações que se impõem e apurar as devidas responsabilidades".

FC Porto e autoridades policiais

O presidente do Belenenses, Viana de Carvalho, em entrevista à Renascença, afirmou estar a tentar perceber de quem foi a responsabilidade: "Estamos a tentar apurar quem foi a entidade que deu efectivamente a ordem, mas não conseguimos perceber quem foi. Algo correu mal e é preciso perceber o que correu mal e porque correu mal. Tentámos falar com o FC Porto e com as autoridades policiais e ainda não obtivemos qualquer resposta".