Segundo o comunicado, assinado pelo Conselho de Administração da SAD, na sequência do jogo entre os dois clubes da nona jornada da liga, o clube "intentou quatro processos sumaríssimos junto da CD da LPFP contra os atletas Javi Garcia, Saviola e Di María, assim como contra o administrador da SAD do Benfica, Rui Costa".

Na base deste processo estão as alegadas agressões de Javi Garcia a Meyong (pontapé na cabeça, aos 17 minutos), de Saviola a Paulo César (cotovelada, aos 78 minutos), e o comportamento de Di Maria à saída para o intervalo que os bracarenses consideram ter desencadeado toda a confusão.

Os responsáveis bracarenses dizem ter recebido com "estranheza e surpresa" a notificação do indeferimento dos sumaríssimos a Javi Gracia e Saviola "e, por esse motivo, o clube vai intentar o recurso junto do Conselho de Justiça da FPF".

O líder isolado da liga revela ainda que, nas últimas semanas, têm sido inquiridos vários membros do clube relativamente a uma participação apresentada pelo Benfica sobre alegadas injúrias por parte de um jogador bracarense a um elemento do clube da Luz.

"Estranhamos, por isso, o critério que tem sido seguido pela CD da LPFP, que arquiva liminarmente processos devidamente apoiados em imagens televisivas oficiais e prossegue com participações sem qualquer suporte oficial, baseando-se apenas no 'diz que disse'", aponta.

O clube minhoto diz ainda desejar "que as decisões da CD da LPFP não tenham sido, ou sejam no futuro, influenciadas por pressões criadas por altos responsáveis do Benfica".

Os responsáveis aludem concretamente às "declarações proferidas publicamente pelo seu presidente, Luís Filipe Vieira, que na sequência deste jogo tentou deliberadamente condicionar as decisões da referida Comissão, fazendo juízos públicos infundados sobre os processos em análise".

O Sporting de Braga lembra que "as condutas não foram observadas, nem sancionadas, pela equipa de arbitragem", mas nota que "as imagens televisivas são esclarecedoras" quanto ao comportamento de Javi Garcia e Saviola.

"Para além de serem eticamente condenáveis quando praticadas por colegas de profissão, colocaram gravemente em risco a integridade física dos atletas do Sporting de Braga", lamenta.

O clube minhoto diz ainda que não foi notificado relativamente aos restantes processos (Di Maria e Rui Costa), e atribui a Di Maria a responsabilidade pelo que aconteceu no intervalo do referido jogo.

Os responsáveis minhotos apontam ao internacional argentino uma "conduta provocatória e incendiária: empurrão a um elemento do banco do Sporting de Braga e pontapé ostensivo da bola em direcção ao mesmo, culminando com um acto grosseiro a todos os seus elementos".

O Sporting de Braga defende ainda que a conduta dos seus atletas "foi irrepreensível e ordeira", enquanto, "ao invés, os atletas do Benfica tentaram invadir a área reservada ao Sporting de Braga" mostrando um "comportamento agressivo e ostensivo".

Sobre as imagens das câmaras de segurança de acesso aos balneários do Estádio Municipal de Braga, defende que "vêm comprovar os relatórios da equipa de arbitragem, do delegado da LPFP e das forças da autoridade".

No último ponto do comunicado, o Sporting de Braga "estranha que imagens apenas na posse da LPFP, e que deviam estar em sigilo no âmbito do processo em curso, tenham sido difundidas publicamente".