"Os riscos de uma substituição nesta altura seriam muito maiores do que tentar recuperar e estabilizar o relvado, e é isso que estamos a fazer", explicou Estrela da Cunha, que admite avançar para a primeira solução, caso o relvado "não tenha a evolução" que prevê, devido "às condições climatéricas".

O director de operações de Alvalade reconheceu fundamento às queixas dos jogadores, segundo as quais o relvado está mole e prejudica a normal circulação da bola, uma vez que "não está consolidado nem estável".

Estrela da Cunha recordou que o relvado foi substituído em Junho do ano passado, após o concerto da banda musical ACDC: "Sabíamos os riscos que corríamos em substitui-lo nessa altura, devido à vulnerabilidade da relva acabada de colocar e às doenças típicas de Verão, mas o estado em que ficou depois do concerto não nos deixou alternativa".

Os receios confirmaram-se face a um Verão com temperaturas elevadas e que se prolongaram até Novembro, agravadas pela concepção do Estádio de Alvalade, que não permite um arejamento adequado da relva, mas Estrela da Cunha desvaloriza este factor.

"É uma ideia que se vai criando, mas os estádios da nova geração, por essa Europa fora, têm problemas de arejamento e de insuficiente exposição solar", argumentou o dirigente "leonino", dando o exemplo recente do Estádio Santiago Bernabéu, cujo relvado "foi mudado antes da apresentação de Cristiano Ronaldo" e, volvido um mês, "tiveram de o substituir - e ninguém fez disso um drama".

Todavia, admite que os estádios dos rivais são "mais arejados", nomeadamente o do FC Porto, onde os "topos Norte e Sul são abertos", ou do Sporting de Braga que "não tem topos", mas alega ser "um problema comum à maioria dos estádios da nova geração", que são construídos com o objectivo de "proporcionar maior conforto aos adeptos".