Sem contabilizar jogos internacionais, Xistra, de 35 anos, já realizou 17 jogos, 15 como árbitro principal e dois como quarto árbitro, que lhe permitiram amealhar 16 931 euros.

A escassos 127 euros está outro funcionário público, o bracarense Cosme Machado, de 34 anos, deixando o gestor de empresas Paulo Costa, do Porto, na terceira posição no “ranking” dos ganhos, já a mais de 750 euros da liderança.

Actualmente, a Liga de Clubes paga 1188,1 euros por cada jogo da Liga principal, 831,67 na Liga de Honra e um quarto deste valor para os quartos árbitros.

Tanto na Taça da Liga como na Taça de Portugal os árbitros recebem consoante as equipas envolvidas. Mas, se no caso da competição da Liga de Clubes a tabela é a mesma aplicada nos campeonatos, na Taça de Portugal os valores são reduzidos, praticamente, a metade: 560 com primodivisionários e 420 para emblemas da Liga de Honra.

Um árbitro da primeira categoria revelou à Agência Lusa que a actualização dos montantes atribuídos pela Federação Portuguesa de Futebol estaria dependente da qualificação da selecção lusa para o Mundial2010.

Além destes “prémios de jogo”, os árbitros recebem ainda um subsídio de treino mensal, de 400 euros, que também deverá ser actualizado, e que, nesta tabela, é contabilizado de Agosto a Dezembro.

A última posição do “ranking” dos ganhos é ocupada pelo estreante e agente da PSP Luís Catita, de Évora, que, apesar de tal como Xistra ter realizado 17 jogos, apenas arbitrou um na Liga principal, cinco na Liga de Honra e dois em cada taça, contabilizando proveitos na ordem dos 11 mil euros.

Em média, os árbitros da primeira categoria receberam, até agora, 13 691 euros. Uma fasquia a que ainda não chegaram os internacionais Pedro Proença (Lisboa), Jorge Sousa (Porto), Bruno Paixão e João Ferreira (Setúbal) e Olegário Benquerença (Leiria).

Dividindo pelos cinco meses que leva já a temporada (de Agosto a Dezembro), Carlos Xistra teria recebido cerca de 3386 euros por mês, enquanto Luís Catita não iria além dos 2229 euros mensais.