Jesualdo Ferreira, antes de responder às perguntas dos jornalistas, fez questão de analisar a equipa de arbitragem do encontro, hoje liderada por Elmano Santos: “Há três lances que dão golo e dois são invalidados [ao FC Porto] e um validado, da União de Leiria. São situações iguais, mas o critério não foi o mesmo”.

Arbitragem essa que, na opinião do professor, teve “influência e mudou a direcção do encontro”.

“O equívoco cometido por Elmano Santos na decisão de expulsar o guarda-redes da União de Leiria não justifica ou não apaga os erros cometidos nos três lances anteriores e o resultado teria sido outro”, acrescentou.

Já perto do final do encontro, depois dos 90 minutos, Helton defendeu uma grande penalidade batida por Ronny e Jesualdo admitiu que o FC Porto foi feliz: “Nesse lance esteve em causa as competências individuais de dois jogadores e as do Helton foram claramente superiores à do marcador do penálti. Helton acabou por ser um jogador decisivo, num jogo que o colectivo do FC Porto mereceu ganhar”, afirmou.

Em jeito de resumo, o técnico dos azuis e brancos afirmou que houve “uma série de acontecimentos que acabou por tirar o brilho à vitória do FC Porto e impossibilitou de obter uma vitória mais folgada”.

Já o técnico da União de Leiria, Lito Vidigal, desabafou que sempre acreditou na possibilidade de "arrancar" uma vitória aos Dragões, no seu estádio, e trabalhou para isso durante toda a semana.

“Fizemos tudo para vencer. Com menos um jogador acreditámos sempre que era possível um resultado positivo”, disse Lito Vidigal.

Quanto à expulsão de Djuricic, Vidigal considerou “injusta” mas não se quis alongar na análise à equipa de arbitragem: “A pensar nas arbitragens vou ter menos tempo para fazer o meu trabalho”, acrescentou.

Sobre Ronny, o jogador da União de Leiria que falhou o penálti, o treinador destacou a "importância e a coragem" de assumir uma responsabilidade, “mesmo quando se erra”.