Na temporada passada, o Benfica saíra do estádio dos Barreiros com uma histórica goleada por 6-0. Esta noite, a equipa de Jorge Jesus esteve na iminência de repetir a goleada. Todavia, a história do jogo poderia ter sido substancialmente diferente.

No primeiro minuto de jogo, David Luiz desviou para a própria baliza um remate de Pitbull, com a bola a bater no poste e ressaltar para fora. A felicidade sorriu nesse momento aos encarnados e não mais lhes virou a cara.

O Marítimo entrou melhor, era dono e senhor do jogo, mas não mais criou oportunidades de golo. E ao domínio territorial o Benfica respondeu com um golo. Na primeira ofensiva à baliza de Peçanha, Saviola abriu as portas de um triunfo que se anunciava complicado. Uma jogada onde Aimar e Cardozo tentaram a sua sorte, mas o paraguaio acabou por assistir o avançado argentino para o 1-0. ‘El Conejo’ saiu da toca ao segundo poste para marcar pelo sétimo desafio consecutivo.

Aos 32’, surge a primeira expulsão no Marítimo, com João Ferreira a mostrar o vermelho directo a Olberdam, alegadamente por palavras dirigidas ao árbitro.

Três minutos volvidos, Di María entra em cena com uma bela jogada para assistir Maxi Pereira para o segundo golo do Benfica. O lateral uruguaio apareceu na pequena área a desviar com eficácia para a baliza maritimista.

Com o Benfica já em controlo da partida, registou-se a segunda expulsão no Marítimo. Em tempo de descontos no primeiro tempo, Robson corta com a mão um remate de Cardozo. Acto contínuo, o juiz setubalense expulsa o defesa e assinala penálti, que ‘Tacuara’ aproveitou para quebrar o jejum de mais de um mês sem golos. E vão 15 para o paraguaio na Liga.

A segunda parte foi um longo bocejo, prejudicada pelas expulsões que praticamente anularam o Marítimo. Os únicos momentos a merecerem destaque foram os dois golos que o Benfica adicionou ao marcador.

Aos 50’, Roberto Sousa agravou o calvário madeirense ao fazer auto-golo e no minuto 70 Luisão fechou as contas, ao desviar de cabeça um livre de Di María, provando a extrema eficácia encarnada nas bolas paradas. Exceptuando estes dois momentos, a bola rolou à espera do apito final.

O Benfica deixa a Madeira com uma goleada por 5-0 e a segurança de ter aproveitado o deslize do FC Porto com o P. Ferreira, sem deixar escapar o Sp. Braga no topo.