"As finanças fazem fiscalização a valores tributados sobre IVA ou IRS apresentados. É uma actuação normal sobre um determinado valor declarado e que provavelmente não está certo", disse o advogado, confirmando que o ex-vice-presidente da "Briosa" Jorge Alexandre foi notificado para prestar declarações, pois era responsável pelo pelouro do futebol à altura dos factos.

Segundo o Diário de Coimbra, o Fisco estará a investigar alegadas irregularidades praticadas pela Direcção da Associação Académica de Coimbra/OAF, nomeadamente o atraso na liquidação de IRS dos futebolistas.

"Aparentemente, a 'Briosa' apenas pagava os valores referentes ao IRS no final do ano civil, pois só nessa altura processava contabilisticamente os vencimentos. Mensalmente pagava com adiantamentos de caixa e assim só no final do ano teria de pagar o valor relativo ao IRS com juros. Embora, aparentemente, a Académica liquide na mesma o valor a que está obrigada por lei, o facto de não pagar ao Estado o imposto no prazo de 90 dias poderá ser considerado crime", adianta o Diário de Coimbra, na sua edição de hoje.

A Lusa tentou falar com o ex-dirigente academista, mas sem sucesso.

Alegando desconhecer o objecto da investigação, Ricardo Guedes Costa diz que, "se é feita retenção de imposto e não é apresentado mensalmente às finanças, isso constitui crime", mas acrescenta que se trata de uma prática comum a nível empresarial, habitualmente punida com coima.