Naval e Belenenses confrontaram-se pela 13ª vez no seu historial e os da Figueira da Foz fizeram prevalecer o favoritismo estatístico atingindo a 7ª vitória.

A formação da Figueira da Foz não vencia há três jornadas e não marcava um golo há quatro, pelo que o resultado alcançado satisfaz duplamente a turma de Inácio, que assim garantiu uma maior tranquilidade face aos compromissos futuros.

A Naval sobe provisoriamente na classificação ao grupo dos 10.ºs, enquanto o Belenenses ficou mais agarrado ao último lugar da tabela.

Os primeiros 45 minutos foram jogados sob o ascendente da equipa da casa que desenvolvendo uma boa dinâmica ofensiva criou algumas oportunidades de golo, suficientes para poder encarar a etapa complementar com maior tranquilidade.

Na etapa complementar, o Belenenses, pouco satisfeito com o rumo dos acontecimentos, assumiu claramente as despesas da partida, atacou mais e muito, mas nem sempre bem.

A formação navalista apresentou-se em 4x1x3x2, não contando com nenhum dos reforços contratados, neste período extra de inscrições.
Augusto Inácio mexeu na estrutura da equipa promovendo cinco alterações no “onze” inicial (comparativamente com o "onze que defrontou o Olhanense) fez regressar à titularidade, Lazaroni, Tandia, Gómis, Alex e Daniel Cruz.

Por sua vez, António Conceição respondeu com um 4x3x3, fazendo alinhar inicialmente as suas últimas contratações, Mustafá, Miguelito e Marcos António.

A equipa da casa entrou melhor na partida e cedo assumiu as despesas do jogo, tendo disposto de duas boas oportunidades de golo nos primeiros 10 minutos.

Bolívia, ao minuto cinco, rematou a tirar tinta ao poste da baliza de Bruno Alves e três minutos volvidos Godemèche atirou ao travessão.

Acentuou-se a pressão por parte dos donos da casa que, ao minuto 17, inaugurou o marcador por Godemèche. Triangulação entre Carlitos, Camora e Godemèche com o francês a rematar de primeira e colar o esférico às malhas.

O segundo do golo figueirense esteve à vista pouco depois, com Camora a rematar e Marcos António “in-extremis” a salvar sobre a linha de golo.

O sinal azul de resposta dos homens do Restelo aconteceu, ao minuto 18, com remate de Cândido Costa que Peiser resolveu com os punhos e, aos 39, Lima rematou bem, mas por cima do travessão.

António Conceição no reatamento da partida deixou no balneário Yontcha e Gabriel Gomes fazendo surgir no seu lugar Fajardo (mais um reforço) e Celestino.

A primeira oportunidade de golo da etapa complementar foi do Belenenses, com Lima a rematar na cara de Peiser, porém o francês negou o golo com uma defesa arrojada.

O Belenenses ganhou maior consistência ofensiva passando a jogar mais próximo da baliza navalista, fazendo a defensiva local passar por alguns sobressaltos.

Inácio adivinhou o perigo e trocou Tandia por Michel Simplício e a partida ficou mais repartida com o jogo mais aberto com as duas equipas na procura incessante do golo.

Até final, o Belenenses foi a equipa mais perigosa, embora sem criar grandes ocasiões de golo, e José Pedro ainda assustou na cobrança de lance de bola parada, aos 90.

Contudo, a coesão e espírito de entreajuda navalista fez lei e os figueirenses souberam ser abnegados na defesa da vantagem.