Numa altura em que muito se fala da crise económica mundial, os clubes da Liga portuguesa pouco ligaram à recessão e gastaram 23,9 milhões em transferências de atletas no "mercado de inverno", que encerrou na terça-feira à noite.

A Liga nacional começou a janela de transferências na "pole position" das mais gastadoras, entre os principais campeonatos do velho continente, mas acabou atrás de Itália (51 milhões) e Inglaterra (38,7), as duas ligas que mais dinheiro despenderam na reabertura do mercado.

O destaque nacional vai para o Sporting, após ter gasto perto de 11,3 milhões de euros nas aquisições do avançado ex-Atlético de Madrid Sinama-Pongolle (6,5), dos internacionais portugueses João Pereira (3), ex-Sporting de Braga, e Pedro Mendes (1,6), ex-Glagow Rangers, além do moçambicano Mexer (160 mil euros), proveniente do Desportivo de Maputo.

No encalço dos "leões" aparece o Benfica, com 8,8 milhões despendidos nas contratações dos atacantes Éder Luís (3,5) e Alan Kardec (2,3), a Atlético Mineiro e Vasco da Gama, respectivamente, bem como do médio campeão brasileiro Airton (3), ex-Flamengo.

Os dois rivais lisboetas haviam gasto, no início da reabertura do mercado, quase tanto dinheiro como todas as equipas dos principais campeonatos europeus juntas, mas acabaram por ser suplantados pelo poderio económico das formações italianas e inglesas.

Além de "águias" e "leões", o tetracampeão nacional FC Porto (3,4 milhões) e o actual líder da Liga, Sporting de Braga (50 mil euros), completam a contabilidade da Liga portuguesa, no que às aquisições "invernais" diz respeito.

Os "dragões" resgataram o médio Ruben Micael ao Nacional da Madeira, por três milhões de euros, bem como o lateral esquerdo ganês David Addy, aos dinamarqueses do FC Randers (400 mil euros por 50 por cento do passe), enquanto os bracarenses foram a Olhão buscar o lateral direito Miguel Garcia.