"Os jogadores do Sporting vão querer transcender-se e dar a volta à situação. Isso não facilita a nossa tarefa. Resta-nos contrariar a sua excessiva ganância e montarmos a nossa estratégia", começou por afirmar o jovem técnico, em antevisão ao jogo de sábado com os "leões", a contar para a 18.ª jornada da Liga portuguesa de futebol.

O jovem técnico não atira a toalha ao chão e disse acreditar que "a Académica pode disputar o jogo pelo jogo, tal como fez frente ao Benfica e ao FC Porto, mantendo a sua identidade".

Apesar de tantas dificuldades, o treinador da "Briosa" deixou escapar que a sua ambição também passa pela vitória ou então pontuar no reduto de um adversário no qual esteve para ingressar, não acontecendo apenas devido à falta de entendimento entre os dois clubes.

"Ambas as equipas estão feridas no seu orgulho. Vamos ter que ser capazes de interpretar e controlar o ímpeto do nosso adversário", justificou, exemplificando a sua frustração com o jogo de Paços de Ferreira, onde a sua equipa teve o controlo do jogo durante 85 minutos e depois deitou tudo por terra, derivado a uma falha de concentração.

Questionado sobre se os jogos que se seguem serão determinantes para o futuro dos "estudantes" (Olhanense em casa e Belenenses fora), Villas-Boas sacudiu a pressão, realçando que há muito campeonato pela frente e que as equipas estão neste momento muito juntas.

Quanto à possível utilização do único reforço do mercado de Janeiro, o búlgaro Bibishkov, acrescentou aguardar a chegada do certificado internacional do jogador para poder ser opção, embora realce que ainda não escolheu o “onze”.

Por fim, instado a comentar os mais recentes casos nacionais (dos túneis da Luz e de Braga), o jovem treinador lamentou a "excessiva lentidão na resolução dos problemas do futebol português, ao contrário de outras ligas como a inglesa, por exemplo", o que justifica o facto de as pessoas se sentirem injustiçadas ao fim de tanto tempo.

"Quanto mais pudermos evitar esses problemas, tanto melhor", sentenciou.