"Vai ser apenso um novo processo àquele que estava para ser julgado no mês de Abril, pelo que poderá haver alterações nas datas do julgamento. Está a ser negociada com o Ministério Público essa possível mudança", referiu à Agência Lusa o causídico.

O novo processo, do qual consta um crime de corrupção, vai ser apenso ao anterior e está relacionado com um complexo imobiliário na freguesia dos Olivais, relativamente ao qual o presidente é acusado de ter recebido dinheiro para o clube em troca de favores relacionados com a aprovação da licença de construção do empreendimento.

O presidente da Académica é ainda acusado no anterior processo de quatro crimes de corrupção passiva por ato lícito e de quatro crimes de corrupção passiva por ato ilícito, cuja moldura penal poderá ir de um a oito anos de prisão.

José Eduardo Simões, enquanto era director do urbanismo de Câmara Municipal de Coimbra, entre 2002 e 2005, foi indiciado de ter beneficiado alguns elementos ligados ao ramo imobiliário com a aprovação de licenças de construção em troca de donativos para a Académica.

Na sua viatura foram inclusivamente encontrados vários envelopes com uma elevada quantia em dinheiro, que o mesmo alegou destinar-se a pagamentos aos jogadores do plantel academista.