Varela falou em exclusivo ao SAPO Desporto (Veja a entrevista em vídeo) sobre a sua vida no FC Porto, onde chegou esta temporada, e onde já se impôs como uma peça fundamental no esquema de Jesualdo Ferreira.

Quinto melhor marcador do campeonato e “vice” nas assistências para golo, a boa forma do extremo, que se iniciou no Clube Desportivo dos Pescadores de Costa de Caparica, não passou ao lado de Carlos Queiroz, que o chamou à Selecção.

Admite que perdeu algum tempo na sua carreira, mas tudo mudou desde que chegou ao clube da Invicta, onde, acredita, atingiu o bom nível dada a boa organização do emblema.

A chamada de Carlos Queiroz é motivo de orgulho para o jogador que se iniciou nas lides futebolísticas nos Pescadores de Costa de Caparica, ainda menino, e Varela promete dar o seu melhor. Qualquer posição em campo satisfaz o avançado.

A "Estrela" da Amadora
O avançado regressou o ano passado à Liga portuguesa, quando foi contratado pelo Estrela da Amadora. Apesar de todos os problemas financeiros que afectaram o clube, Varela deu nas vistas e foi, em muitos momentos, o impulsionador do ataque estrelista.

Lázaro Oliveira foi seu treinador no Estrela da Amadora e sobre o agora extremo do FC Porto, o técnico só aponta qualidades.

Apesar dos 25 anos de Varela, Lázaro Oliveira vislumbra ainda um futuro promissor ao jogador.

Os elogios ao avançado portista são partilhados também por ex-colegas de equipa, como Fernando Alexandre, agora no Leixões.

Quinto melhor marcador da Liga de futebol, ambos acreditam que Varela está no clube certo, não só pelas qualidades como jogador, mas principalmente como ser humano.

O início na Caparica

Silvestre Varela era ainda menino quando o senhor José Dias, seu vizinho e treinador dos Pescadores da Costa de Caparica, o levou para o mundo do futebol. Era um miúdo franzino, que em nada tem a ver com o camisola 17 do FC Porto. Mas mesmo assim, "Vestre", como era conhecido, já fazia estragos nas laterais.

Daqueles tempos, Luis Lopo, seu treinador nos escolinhas, lembra o torneio da Páscoa do ano de 1995, em que levaram de vencida o Sporting.

Quem privou com Varela é unânime em afirmar que a sua humildade e a atenção que deposita em tudo o que lhe dizem, fizeram dele o bom jogador que é no presente.

Anos mais tarde, o miúdo franzino teve direito a outra alcunha: Drogba da Caparica, dadas as semelhanças com o costa-marfinense, e com contra quem jogaria esta época, para a Liga dos Campeões.

No passado como agora, Silvestre Varela, o Vestre, joga com maestria com as cores do Futebol Clube do Porto e poderá vir a brilhar com a camisola das quinas.