"Queremos manter a nossa identidade, tal como aconteceu em jogos como o do Belenenses, o de Alvalade ou do FC Porto [este para a Taça da Liga].

Queremos mantê-la durante os 90 minutos, o que não se verificou frente ao Olhanense. Pretendemos pôr em prática a nossa organização contra qualquer adversário", afirmou o técnico.

Villas-Boas advertiu desde já os seus jogadores para os problemas "desnecessários" de ansiedade, apelando a um maior rendimento, concentração e evitar erros colectivos.

"O Rio Ave está a um ponto de nós, tem muitos talentos individuais, que nos podem criar muitos problemas", salientou em relação ao próximo adversário.

Villas-Boas reiterou ainda que a meta é a manutenção e que não quer criar falsas expectativas quanto ao futuro, realçando, no entanto, que se não fossem os fracos resultados contra o Paços de Ferreira (derrota) e União de Leiria (empate), a sua equipa já estaria com 28 pontos, em lugar europeu.

O técnico regozijou-se ainda pela chamada de Emídio Rafael, Nuno Coelho e João Ribeiro à selecção portuguesa de sub-23, algo que considera "fruto de um trabalho colectivo", elogiando o grupo de trabalho como um dos melhores em dinâmica e união por onde já passou.

Os "estudantes" são mesmo o clube mais representado na lista de convocados, a par do FC Porto e do Sporting, que levam também três jogadores à selecção portuguesa.

André Villas-Boas já por várias vezes disse em conferência de imprensa que um bom desempenho colectivo acaba por ser benéfico para os jogadores em termos individuais, uma afirmação que tem nesta convocatória a prova perfeita.

Questionado sobre os rumores que o dão como treinador do Sporting, Villas-Boas voltou a desmentir categoricamente a situação, reiterando que "continuam a inventar" sobre o seu futuro.

"Existe uma cláusula a pagar à Académica se sair antes de 2011, isto para qualquer clube", concluiu.

A Académica recebe o Rio Ave no próximo domingo, pelas 16:00, no Estádio Cidade de Coimbra, numa partida que será apitada por Luís Catita, de Évora.