Efectivamente, os madeirenses estiveram num perfeito estado de letargia durante a primeira parte, não parecendo que este jogo era importante para continuar a alimentar o sonho de uma qualificação europeia.

Num encontro que prometia muito, dado o trajecto ascendente das duas equipas nos últimos tempos e os objectivos que ainda perseguem, as expectativas dos espectadores saíram defraudadas.

Embora não tivessem pago ingresso, um gesto de homenagem do clube madeirense face às vitimas do temporal de 20 de Fevereiro, realmente os maritimistas e os cerca de 30 adeptos da “briosa” ficaram algo frustrados pela qualidade do jogo.

Durante a primeira parte, muito equilibrada, as equipas encaixaram-se uma na outra e a opção de Mitchell van der Gaag de deixar Bruno no “banco” não resultou, pois foi sempre evidente a falta de um homem no meio-campo.

O primeiro lance de perigo pertenceu à turma de André Villas Boas, quando aos dois minutos, Prieto na área atirou à barra.

O Marítimo reagiu, mas era um futebol pouco criativo e descoordenado e, somente aos 30 minutos, ameaçou com perigo a baliza de Ricardo, com um pontapé livre, que o guardião adversário defendeu com muita dificuldade.

O Marítimo veio mais forte na segunda parte, com a inclusão de mais um ponta-de-lança, Baba, com o senegalês a cabecear à barra, aos 62 minutos, lance que haveria de repetir, aos 81.

Até final, a Académica deu a nítida sensação de que estava mais do que satisfeita com o empate e fechou-se ainda mais na sua defesa, com a equipa madeirense, já com o estratega Bruno (só entrou aos 82 minutos) a pressionar intensamente, mas sem resultados.