Foi o quinto jogo sem perder da turma da Figueira da Foz, este com um sabor especial, já que praticamente garantiu a manutenção aos figueirenses no principal escalão da Liga portuguesa de futebol.

A Naval ascendeu provisoriamente ao sétimo lugar, com 29 pontos, colando-se na tabela classificativa à União de Leiria, com 30.
Os primeiros 45 minutos foram jogados de forma muito calculista pelas duas equipas, que arriscaram muito pouco para não dizer nada, resultado disso mesmo foram a completa ausência de oportunidades de golo.

Na etapa complementar, a Naval marcou cedo, aguentou a reacção do adversário e mostrou uma vez mais o sentido de organização e espírito colectivo.

O técnico Augusto Inácio surpreendeu com a chamada ao "onze" de João Real fazendo a equipa alinhar num 3x5x2, ficando Marinho como opção de banco.

Por sua vez, o treinador da União de Leiria, Lito Vidigal, cumpriu a máxima de que em equipa que ganha não se mexe, esquematizando um 4x4x2 com a mesma equipa que na jornada anterior vencera (2-1) o Leixões.

Entraram melhor os visitantes, que nos minutos iniciais deixaram claro aviso de intenções, conquistando três pontapés de canto e grande remate de Pateiro que o guarda-redes da Naval, Peiser, correspondeu com defesa apertada.

A formação da casa começou a sacudir a pressão aos poucos e a partir do minuto 20 começou a jogar mais próximo da baliza adversária.

Ao minuto 24, um lance disputado entre Vinicius e Camora com este ultimo a aparecer estatelado na área, deixou algumas dúvidas, e, volvidos seis minutos, Bolívia rematou de surpresa do meio da rua, obrigando o guarda-redes da União, Duricic, a uma grande defesa.

A três minutos do fim da primeira metade, Fábio Júnior desperdiçou a melhor oportunidade de golo até aí construída e, na resposta, Peiser opôs-se a um remate de cabeça de Cássio com defesa arrojada.

Dez minutos após o reatamento, a turma da casa chegou à vantagem, com golo de Diego Ângelo na sequência de uma grande penalidade duvidosa a punir falta de José António sobre Fábio Júnior.

Lito Vidigal não esperou muito para operar a primeira alteração, permutando Marco Soares por Vítor Moreno. A turma leiriense subiu linhas e tentou sufocar os donos da casa.

A Naval apostou então no contra-ataque e esteve perto de ampliar a vantagem, aos 80 minutos, mas Fábio Júnior (primeiro) e Carlitos depois não foram suficientemente diligentes para bater Djuricic.

Num jogo de poucas oportunidades venceu a equipa mais perigosa e que mais aproveitou aquilo que a partida concedeu.