Rui Costa é um dos embaixadores PT e esta manhã visitou o Liceu de São João do Estoril, aproveitando para relembrar os melhores episódios da sua carreira e dar conselhos aos mais novos.

A sessão até começou com uma brincadeira e com um aluno a relembrar a derrota de 5-3 que o Benfica sofreu com o Sporting há alguns anos. Bem humorado, Rui Costa respondeu que se lembrava melhor do 6-3 poucos anos depois.

O director desportivo encarnado frisou a importância do desporto no âmbito escolar, relembrando que nenhum campeão o foi sem antes ter praticado desporto desde a mais tenra idade.

Depois, o antigo maestro acedeu a responder à autêntica avalanche de perguntas dos alunos e os temas foram os mais variados, a começar pela carreira do Benfica esta época:

“O melhor Benfica é aquele que ganha. Toda a gente diz que este Benfica é o melhor dos últimos anos, mas vamos ver. Se o Benfica chegar ao final e for campeão nacional, aí sim é mesmo o melhor Benfica dos últimos anos”, disse.

Sem embarcar em euforias, o director desportivo dos encarnados fez ver aos mais novos que a viagem da equipa de Jorge Jesus está ainda longe de ter terminado.

“Esta equipa tem a consciência de que não ganhou nada. Eles sabem que são os melhores jogadores e que em Portugal são a melhor equipa, mas há que manter a humildade.”

Já quanto à arbitragem, Rui Costa deu conta da sua experiência e explicou que em comparação com  estrangeiro os homens do apito, em Portugal, são invariavelmente considerados como “comprados” quando erram.

“Em Portugal, cada erro do árbitro é julgado como premeditado e essa é a diferença no modo como consideramos os árbitros cá e como são vistos lá fora”, afirmou, acrescentando que as tecnologias no futebol não serão uma salvação:

“Gostaria muito mais que houvesse uma melhor preparação dos árbitros. Prefiro isso a muitas tecnologias, porque considero que isso desfavorece o espectáculo.”

Já a propósito do Mundial 2010, o antigo número 10 da turma das quinas disse que “acredita” numa boa prestação na África do Sul, até porque, sublinhou, “conheço bem os jogadores que lá estão e o treinador”.

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