O jogo começou numa toada muito viva e, aos 19 minutos, já haviam sido apontados três golos, com os “azuis” em vantagem, frutos dos tentos de Miguelito e Lima, aos 2 e 19 minutos, apenas contrariados pelo tento de Rafael Miranda, aos 11.

Na segunda parte, Djalma, num lance com muitas culpas para Bruno Vale, aos 55 minutos e Taka, aos 85, viraram o resultado, mas, já nos descontos, o recém entrado Devic, de cabeça, na sequência de um canto, repôs a igualdade.

Ambas as equipas queriam obviamente pontuar nesta partida, para alimentarem as ténues esperanças de alcançarem os respetivos objectivos e que passam, nos madeirenses, por uma qualificação europeia e, nos lisboetas, pela manutenção.

Se é verdade que o jogo estava aberto, também é preciso dizer que estes golos resultaram mais de enormes erros defensivos de ambas as equipas e, em especial, dos seus guarda-redes, sendo que Peçanha apenas é ilibado no golo inaugural de Miguelito, pois este surgiu-lhe isolado.

Com o Marítimo em desvantagem, após uns primeiros 20 minutos “sui generis”, a equipa de Mitchell van der Gaag tentou acalmar o seu jogo.

Assim, começaram a surgir mais jogadas elaboradas de ataque e Kléber, aos 24 minutos, com uma cabeçada rente à barra após boa jogada de Taka, e Manú, aos 32, isolado por Kléber, quase repuseram a igualdade.

A segunda parte começou com uma jogada de perigo na área da turma de António Conceição, quando Manú, na direita, executou um cruzamento remate, com a bola a embater na barra da baliza de Bruno Vale, aos 47 minutos.

Aos 54, Rafael Miranda combinou bem com Paulo Jorge e entrou na área isolado, valendo a boa defesa de Bruno Vale.

O guarda-redes da equipa do Restelo borrou contudo a sua actuação, um minuto volvido, quando num fraco remate de Djalma, disparado longe da área, deixou a bola entrar na sua baliza ao não consegui-la segurá-la.

O Marítimo continuou a pressionar a defesa contrária e, aos 74 minutos, Marcos António fez falta nítida sobre Djalma, na grande área.

Na conversão do castigo, Paulo Jorge permitiu a defesa de Bruno Vale, definitivamente um especialista na defesa de grandes penalidades, como o já havia demonstrado no jogo desta época, para a Taça de Portugal, frente ao FC Porto.

Ao minuto 85, surgiu o terceiro golo “verde rubro”, este sim, de boa execução, quando Manú, na direita, fez um bom cruzamento a meia altura para o meio da área, onde surgiu o japonês Taka a rematar de primeira, sem que a bola batesse no chão, não dando qualquer hipótese de defesa a Bruno Vale.

Quando todos esperavam a vitória dos madeirenses, os “azuis” aproveitaram os seis minutos de descontos para chegarem ao empate, por Devic, quando estavam decorridos quatro, numa nova falha defensiva dos madeirenses, com Peçanha incluído.