Uma grande penalidade que deixou algumas dúvidas (não é totalmente clara a suposta falta de Renan sobre Djalmir), permitiu a Ukra empatar a partida, aos 88 minutos, sendo que o golo da equipa visitante deu algum sabor de justiça ao resultado.

Antes, aos 43 minutos, o Vitória tinha-se adiantado no marcador com um excelente golo de Rui Miguel, mas a equipa minhota não conseguiu segurar a vantagem que lhe permitia reduzir para dois pontos a distância sobre o quarto classificado, o Sporting, que joga terça-feira na Luz, ante o líder Benfica.

Destaque inicial para o quase total silêncio dos adeptos do Vitória de Guimarães nos 10 primeiros minutos da partida, em “protesto contra o futebol desonesto”, lia-se em algumas faixas, já depois de vários milhares se terem concentrado no centro da cidade, duas horas antes do jogo, manifestando-se contra a arbitragem do dérbi minhoto, da última ronda.

O ambiente estranho que se fazia sentir - estádio praticamente cheio e silêncio disciplinado - influenciou os jogadores das duas equipas, que pareciam adormecidos.

A primeira equipa a criar perigo foi a visitante, quando Djalmir, aos 15 minutos, rematou com perigo após canto de Ukra da direita, e pouco depois, aos 19, Delson rematou com força, mas um pouco ao lado.

O Vitória parecia sentir em demasia a falta de cinco jogadores (Valdomiro, Andrezinho, Moreno, João Alves, Desmarets), todos castigados na sequência do embate com o Sporting de Braga, e só aos 25 minutos deu o primeiro sinal de perigo: Roberto, após livre do estreante Bruno Teles, cabeceou por cima.

Aos 43 minutos, sem que a produção de jogo assim o justificasse, o Vitória chegou ao golo: grande combinação entre Nuno Assis e Rui Miguel, que ultrapassou depois dois adversários à entrada da área e rematou rasteiro, com o pé esquerdo, para o fundo da baliza.

Ainda antes do intervalo, o defesa central Leandro subiu à área adversária para colocar à prova o guarda-redes Ventura.

Pouco depois do reatamento da partida (54 minutos), Jorge Gonçalves desperdiçou uma boa oportunidade para dilatar o marcador: já dentro da área e sem oposição, ligeiramente descaído sobre a direita, rematou cruzado, mas a bola saiu ao lado, ainda que perto do poste.

A equipa algarvia respondeu logo a seguir (58 minutos), mas Castro e Djalmir não conseguiram desviar com sucesso o bom cruzamento de Ukra da direita.

O jogo estava na sua melhor fase e na jogada imediatamente a seguir, Jorge Gonçalves, praticamente do mesmo local do lance anterior, acertou desta feita com a baliza olhanense, obrigando Ventura a defesa apertada.

Jorge Costa refrescou e aumentou a frente de ataque com as entradas de Rabiola, Toy e Yazalde, enquanto Paulo Sérgio fez entrar Renan, Marquinho e Milhazes, mas era a equipa de Olhão que tinha agora o domínio do jogo, sendo que as duas últimas oportunidades, antes do empate, também lhe pertenceram.

Primeiro, Djalmir (82 minutos) cabeceou com selo de golo, mas Nilson defendeu para canto e Tengarrinha, após centro do avançado brasileiro, cabeceou ao lado quando estava em excelente posição para marcar (84).

Ao minuto 88 aconteceu o lance da grande penalidade para o Olhanense que, até ao final, segurou o precioso ponto na luta pela manutenção.