O conjunto de Lisboa (último classificado) não aproveitou os desaires de Leixões (15.º) e Olhanense (14.º), deixando fugir a oportunidade de se aproximar dos dois adversários directos, quando faltam três jogos para o final da Liga.

Já o Rio Ave voltou a pontuar na principal competição do futebol português, quase um mês e meio depois da igualdade caseira (0-0) com a Naval.

O estádio do Restelo recebeu duas equipas à procura de pontos para se salvarem, sendo mais complicada a tarefa dos “azuis”, que continuam a ocupar a última posição na tabela, após mais um empate (3-3 com o Marítimo), frente a um Rio Ave que vinha de seis derrotas consecutivas (duas para a Taça de Portugal) e 19 golos sofridos.

Foram os vila-condenses que entraram melhor na partida, dando iniciativa ao Belenenses e aproveitando para criar perigo em algumas jogadas de contra ataque, embora apenas de bola parada tenham assustado o guarda-redes Bruno Vale.

Perante a posição expectante do adversário, a formação do Restelo dominava a posse de bola, mas denotava enormes dificuldades para incomodar o guardião vila-condense, com total ausência de ideias nos últimos 30 metros do terreno.

Numa primeira parte de fraca qualidade, apenas Chidi e Bruno Gama ameaçaram inaugurar o marcador, enquanto o técnico António Conceição decidiu lançar Yontcha, logo aos 25 minutos, para fazer companhia ao desapoiado Lima.

No entanto, a alteração apenas surtiu efeitos de posicionamento na ofensiva belenense, pois na prática o Rio Ave continuou sem ser incomodado.

O início do segundo tempo manteve a tónica, com os “azuis” a dominarem a posse de bola, mas seriam os visitantes a criar a melhor ocasião, com Zé Gomes a cruzar da direita, para o cabeceamento de Sidnei ao poste.

A falta de discernimento das duas equipas foi se acentuado com o passar do tempo, com várias más decisões de parte a parte, e o final da partida apareceu, sem deixar saudades aos espectadores que se deslocaram ao Restelo.