Quarto clube com mais presenças no principal escalão do futebol português, o Belenenses, que além de campeão nacional em 1945/46 conta com mais 16 presenças no pódio (dois segundos lugares e 14 terceiros), desce de divisão pela quarta vez na sua história.

A primeira vez que o clube da "Cruz de Cristo" não garantiu a manutenção na primeira divisão foi na década de 80 do século passado (1981/82), a segunda em 1990/91 e a última em 1997/98.

Já o Vitória de Guimarães consolidou a quinta posição aproveitando os deslizes de todos os adversários directos na luta europeia nesta jornada: empates de Nacional, Marítimo, União de Leiria e Paços de Ferreira e derrota da Naval.

A equipa orientada por Paulo Sérgio tem agora 40 pontos, mais três pontos que o Nacional, sexto classificado, e matematicamente tem até hipóteses de visar o quarto lugar ocupado pelo Sporting (45), sendo que aos "leões" basta apenas um ponto para o assegurar.

O Belenenses até entrou bem no jogo, mas logo aos seis minutos o Vitória teve uma excelente ocasião para marcar: grande passe de Nuno Assis (mais uma grande exibição a pedir a atenção de Carlos Queiroz), mas João Alves não conseguiu desfeitear Bruno Vale, chutando contra a face do guarda-redes "azul", que saiu mal tratado do lance.

A equipa lisboeta respondeu aos 14 minutos: isolado por um excelente passe de Cândido Costa e na cara de Nilson, Lima foi incapaz de marcar, rematando contra o guardião.

No mesmo minuto, desta vez superiormente assistido por Rui Miguel e também ante o guarda-redes adversário, Nuno Assis falhou o chapéu e o primeiro golo por muito pouco.

Apesar de alguma precipitação ofensiva, o Vitória chegaria mesmo ao golo, aos 27 minutos, por Andrezinho, na conversão de uma grande penalidade que puniu uma falta de Celestino sobre Valdomiro, após canto da esquerda.

O Belenenses sentiu o golo sofrido e nunca mais foi o mesmo, enquanto o Vitória esteve perto do segundo golo por duas vezes: aos 44 minutos, Moreno não aproveitou a descoordenação da defesa belenense e, pouco depois, Douglas não chegou por muito pouco para fazer o desvio.

Se o Belenenses tinha alguma expectativa de ainda discutir o jogo perdeu-a logo no segundo minuto da segunda parte: bom centro de Rui Miguel da direita e Nuno Assis, de cabeça, não deu hipóteses a Bruno Vale e fez um belo golo.

Os jogadores "azuis", que já só podem tentar evitar serem últimos, mantiveram o brio profissional e tentaram reduzir, o que quase conseguiram aos 56 minutos, mas o remate de Yontcha foi desviado por Nilson para canto.

Até ao final, o Vitória controlou o ritmo de jogo, merecendo ainda nota de destaque dois falhanços incríveis, um para cada lado: aos 83 minutos, Jorge Gonçalves rematou muito torto e ao lado quanto estava de frente para a baliza deserta e já em período de descontos, Yontcha rematou à trave também sem qualquer oposição.