A proposta da direcção para o artigo 54.º levantou muitas interrogações, uma vez que prevê, para um director em regime de exclusividade, uma remuneração com limite máximo equivalente ao salário de director geral da função pública (cerca de 4000 euros).

Se acumular outras funções profissionais, a remuneração passa a ser correspondente à de chefe de divisão da função pública, o mesmo acontecendo, caso o clube desça de divisão. O artigo foi, no entanto, aprovado pela maioria dos sócios presentes, repudiando muitos deles a ideia da criação de uma SAD (Sociedade Anónima Desportiva).

Foram, ainda, acrescentados alguns aditamentos, nomeadamente no que diz respeito à "inelegibilidade de certos associados que tenham cargos em outras identidades com actividades desportivas coincidentes com a AAC/OAF", bem como o direito de voto por correspondência até ao encerramento das urnas.

Outro ponto polémico relacionou-se com a possibilidade de os sócios poderem destituir a direcção em Assembleia Geral, sendo aprovada a proposta que prevê a destituição desde que dois terços dos votos, com a presença de um mínimo de cinco por cento dos associados efectivos.

Esta foi a quarta sessão convocada para o efeito, uma vez que nas duas primeiras apenas foram votados e aprovados 40 dos 70 artigos dos novos estatutos do clube, enquanto a terceira, marcada para 19 de Março, nem se chegou a realizar, por falta de quórum.