Nascido em Cascais, a 06 de Março de 1935, João Morais morreu no Porto, com 75 anos, vítima de doença prolongada, mas deixou para a história o golo marcado ao MTK de Budapeste na finalíssima da Taça das Taças, a 15 de Maio de 1964, em Antuérpia, na Bélgica.

Um empate a três golos, no Estádio Heysel, dois dias antes, empurrou a decisão para este jogo decisivo, resolvido pelo pé direito de Morais, aos 19 minutos, na conversão irrepreensível de um canto do lado esquerdo, depois cantado por Maria José Valério.

A fratura de uma perna de Hilário, três dias antes da final, empurrou Morais para a titularidade e o “canto” catapultou-o para a glória.

Além da única Taça das Taças conquistada por clubes portugueses, Morais sagrou-se duas vezes campeão nacional pelos “leões”, em 1961/62 e 1965/66, e venceu uma Taça de Portugal, na época de 1962/63.

Durante as 11 épocas de “verde e branco”, entre 1958 e 1969, o “todo-o-terreno” Morais, que jogava em ambas as alas, tanto ao ataque como na defesa, como acabou a carreira, disputou 255 jogos e marcou 66 golos.

Antes de chegar aos “leões”, jogou no Sporting de Alcabideche, Estoril-Praia e Torreense e, já no final da carreira, no Rio Ave, que também treinou.

Envergou a camisola das selecção em dez ocasiões e fez parte dos “magriços” que concluíram o Mundial de 1966 na terceira posição, tendo sido, inúmeras vezes, responsabilizado pela lesão de Pelé, no jogo que Portugal venceu por 3-1.