O vereador da Protecção Civil, Controlo Interno e Fiscalização da Câmara do Porto, Manuel Sampaio Pimentel, explicou hoje que a retirada do pendão de saudação do FC Porto ao papa pretendeu evitar o “tratamento de privilégio” ao clube.

Sampaio Pimental falava durante a reunião pública do executivo, em resposta ao vereador da CDU, Rui Sá, que quis saber “ao abrigo de que disposição legal” a autarquia procedeu à remoção da faixa de saudação ao papa, colocada, na quinta-feira, pelo FC Porto na antiga sede, na Avenida dos Aliados.

“Quem pediu a colocação de telas na zona vermelha viu o seu pedido recusado. Quem colocou telas na zona vermelha viu as telas retiradas. Entre as várias instituições, houve uma que resolveu censurar o comportamento dos serviços camarários, querendo um tratamento de privilégio perante todas as outras”, observou Sampaio Pimentel.

O vereador aproveitou para distribuir ao executivo um comentário ao comunicado do FC Porto, que já tinha sido divulgado pela Lusa na quinta-feira.

No documento, Sampaio Pimentel refere que, no âmbito da preparação da visita a Bento XVI, “o departamento de fiscalização da autarquia realizou as acções que lhe competem no âmbito da programação global prevista para o espaço”, particularmente “na zona envolvente da Avenida dos Aliados.

“Tais acções visam sempre o cabal cumprimento da legislação em vigor”, acrescentava o comunicado.

Na quinta-feira, o FC Porto acusou a Câmara do Porto de "boicotar" a sua mensagem para Bento XVI, já que os fiscais da autarquia "ordenaram a remoção" de um pendão que estava na antiga sede do clube na Avenida dos Aliados.

"A Câmara Municipal do Porto decidiu impedir que o FC Porto exibisse uma mensagem ao Papa Bento XVI, aquando da sua passagem pela Avenida dos Aliados", dizia o clube, em comunicado divulgado no seu site oficial.