O presidente da Académica, José Eduardo Simões, confirmou hoje a contratação do extremo direito Laionel, que representou o Salamanca, e projectou a nova temporada futebolística 2010/2011 com ambição.

"Contratámos alguns reforços cirúrgicos para colmatar algumas saídas. Laionel vem um pouco mais tarde, porque o campeonato espanhol acabou há pouco. Vem suprir a saída de João Ribeiro, que optou para ir para outras paragens (Vitória de Guimarães) ", afirmou o dirigente, no primeiro dia de trabalho do plantel academista.

Depois de ter passado por Boavista e Vitória de Setúbal, Laionel, de 24 anos, representou na época passada o Salamanca, da II Divisão espanhola. O jogador deve vir por empréstimo do Grémio Anápolis, a quem pertencem os direitos desportivos do jogador.

Sobre a nova temporada, o presidente dos "estudantes" manifestou a ambição "de fazer melhor do que na época passada e ir longe nas três frentes competitivas: Taça de Portugal, Taça da Liga e campeonato nacional".

"Vamos ser campeões na capacidade de trabalho, na entrega e no espírito de grupo e de união. É um grupo excelente. Queremos vitórias e boas classificações, aliadas a um futebol atractivo, que traga muita gente ao Estádio e cause uma boa surpresa", reforçou o dirigente.

Questionado sobre o plantel, que vai ser comandado por Jorge Costa, substituto de André Villas-Boas (rumou ao FC Porto), salientou que o mesmo está em aberto, fechando apenas a 31 de Agosto, embora reconheça que "a probabilidade de vir alguém do FC Porto é reduzida".

A Académica conta já com sete reforços para a próxima temporada: Peiser (ex-Naval), Pape Sow (ex-U. Leiria), Hugo Morais (ex-Leixões), Júnior Paraíba (ex- Grémio Anápolis), Diogo Melo (ex-Portimonense) e Diogo Valente (ex-Leixões), alem de Laionel (ex-Salamanca).

Relativamente a saídas, estas são superiores às entradas, ou seja 11: Pedro Roma, Rui Nereu, Paulo Sérgio, Lito, Cris, André Fontes, Jonathan Bru, Bruno Amaro, João Ribeiro, Bibishkov e Tiero.

Sobre o futebol português, o dirigente máximo da Académica reconheceu que "o futebol nacional está a atravessar dias críticos, com menos espectadores, menos receitas, menos publicidade e menos sócios".

Criticou alguns clubes, que gastam acima das suas possibilidades, e defendeu que a Liga, com o apoio da banca, dos clubes e de outras entidades, devia fazer com que se aproximassem os orçamentos na generalidade dos clubes (à excepção dos três grandes e do Marítimo e Nacional).

"O futebol seria mais competitivo e haveria mais e melhores negócios. Como está, o futebol é a crise generalizada, com clubes artificialmente ricos", concluiu.