O treinador Lito Vidigal, despedido pela União de Leiria, reinvidica três meses de salários em atraso e fez entrar na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) um requerimento para impedir a inscrição do clube nas competições organizadas por este organismo.

Segundo fonte ligada a Lito Vidigal, que alega ter Março, Abril e Maio em atraso, entende o treinador de futebol - que tinha ainda mais dois anos de contrato e foi substituído no cargo por Pedro Caixinha – que a União de Leiria não cumpriu os regulamentos quanto aos pressupostos financeiros para conseguir a inscrição na LPFP.

“Confirmo que enviámos um fax na quarta-feira e que, hoje, enviámos a mesma documentação por carta registada. Como existem salários em atraso e outras coisas mais, entendemos que a inscrição não deve ser válida”, disse à Lusa a advogada Ana Rita de Campos, representante de Lito Vidigal neste processo.

A União de Leiria, de acordo com fonte ligada a este processo, pagou a todos os jogadores que assinaram acordos para que os pressupostos financeiros fossem aceites, mas não saldou a dívida junto de Lito Vidigal e da sua equipa técnica.

A Agência Lusa contactou a LPFP, que afirmou que, “neste momento, nada obsta a que a União de Leiria participe nas confirmações profissionais”.

“Tomámos conhecimento de um documento enviado à União de Leiria, com conhecimento à Liga”, disse a mesma fonte.

De acordo com o comunicado oficial n.º 211 da LPFP, a inscrição dos clubes está dependente de uma certificação de um revisor oficial de contas ou sociedade revisora de contas, de "inexistência de dívidas salariais a jogadores e treinadores com referência à época 2009/10.

Contactado pela Agência Lusa, o presidente leiriense, João Bartolomeu, disse que o clube não deve nada e que tem uma declaração na Liga assinada pelo treinador a comprovar isso mesmo, não receando por isso ter a inscrição na Liga em risco.