O presidente da SAD da União de Leiria, João Bartolomeu, garantiu hoje que nada deve a Lito Vidigal, acrescentando que, pelo contrário, a anterior equipa técnica tem de devolver 65 000 euros aos leirienses.

“A União de Leiria não tem nada em atraso com o senhor Lito Vidigal”, disse à Agência Lusa João Bartolomeu, a propósito do requerimento que o treinador entregou na Liga Portuguesa de Futebol Profissional no sentido de impedir a inscrição da equipa na Liga 2010/2011, alegando ter três meses de vencimento em atraso (Março, Abril e Maio).

“Está um documento na Liga assinado por ele que prova que a União de Leiria não lhe deve nada. Se for preciso, nós tornamos pública essa declaração. A União de Leiria não tem nada em atraso com ele”, frisou hoje o presidente dos leirienses.

Ao invés, a União de Leiria, SAD considera-se credora de Lito Vidigal, na sequência do processo litigioso que envolveu a saída do treinador do Portimonense para Leiria, na época passada, num caso em que também foram invocados ordenados em atraso.

“Ele que cumpra os compromissos que assumiu e que devolva o dinheiro que pagámos ao Portimonense”, contra-ataca João Bartolomeu.

De acordo com o presidente da SAD, a União de Leiria avançou com o dinheiro necessário para que Lito Vidigal e os adjuntos saíssem de Portimão (65 000 euros), com a premissa de que o devolveriam caso ganhassem o processo judicial que correu no Tribunal de Trabalho de Portalegre.

"Ele e os adjuntos ganharam o processo, mas não devolveram nada, como tinham prometido que fariam se ganhassem a acção. Por isso, quem deve dinheiro é o senhor Lito Vidigal e os seus adjuntos”, acusa o responsável da SAD.

João Bartolomeu promete mover um processo contra a anterior equipa técnica caso os 65 000 euros não sejam devolvidos nos próximos dias. “Vamos esperar oito dias, caso contrário, vamos para tribunal”.

Em relação à ameaça de não inscrição da equipa na Liga, Bartolomeu diz nada temer:

“Estou tranquilo quanto a isso. O que ele fez não vale nada. A nossa situação junto da Liga está válida”.