Num comunicado enviado à Agência Lusa, os representantes legais de Vidigal acusam a União de Leiria de violar “deliberadamente o dever de proporcionar ao trabalhador a ocupação efectiva na sua função de treinador principal”.

Em causa está o facto de Lito Vidigal ter sido impedido de treinar e ainda de aceder ao autocarro que transportava a equipa para os locais de estágio.

“Tudo isto são violações das garantias do trabalhador e foram situações públicas, as quais podem dar ainda azo a uma indemnização, que seguramente vai ser requerida”.

Na quinta-feira, o treinador fez entrar na Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) um requerimento para impedir a inscrição do clube nas competições organizadas por este organismo, por ordenados em atraso e outras prevaricações, enquanto o presidente da SAD garantiu nada dever a Lito Vidigal, acrescentando que, pelo contrário, a anterior equipa técnica tem de devolver 65 000 euros aos leirienses.

A União de Leiria, SAD considera-se credora de Lito Vidigal, na sequência do processo litigioso que envolveu a saída do treinador do Portimonense para Leiria, na época passada.

"O presidente da União de Leiria terá que provar o que, levianamente, afirma. O que a União de Leiria pagou ao Portimonense teve exclusivamente a ver com o receio de perda de três pontos por parte da União de Leiria nos termos do artigo 67-A do Regulamento Disciplinar da Liga", lê-se ainda no comunicado.

Os representantes legais do jogador explicam, no comunicado, ser “falso” que os ordenados estejam pagos e revelaram que Bartolomeu terá de “provar em Tribunal” a existência de dívidas de Lito Vidigal para com a União de Leiria.

De acordo com o que a Agência Lusa apurou junto de fonte próxima do treinador, Lito Vidigal deveria ter recebido até 18 de Junho os três salários em atraso, já que foi isso que ficou estipulado aquando de um acordo celebrado a 02 de Junho.

De acordo com os documentos a que a Lusa teve acesso, as três remunerações (Março, Abril e Maio) deveriam ter sido saldadas até 18 de Junho, conforme é possível perceber no fax assinado a 02 de Junho pelas partes.

Lito Vidigal, recentemente despedido do clube do Lis, assinou um documento para que a União de Leiria provasse junto da LPFP não ter salários em atraso.

O documento é necessário para a inscrição do clube, em conformidade com o comunicado n.º 211 da LPFP.