A Naval 1.º de Maio manteve hoje a “maldição” do Portimonense no Estádio Algarve, ao bater os algarvios (1-0) naquele recinto, em partida da 2.ª ronda da Liga de futebol.

Os forasteiros foram melhores na primeira parte, chegando à vantagem em cima do intervalo, por Godemeche, mas a segunda metade dos algarvios, que terminaram o jogo em superioridade numérica e com duas bolas nos “ferros”, merecia o empate.

A “maldição” manteve-se para o Portimonense, que nunca venceu na “casa emprestada” Estádio Algarve (o municipal de Portimão está a sofrer obras de renovação) em termos oficiais: já tinha disputado neste recinto oito jogos da Liga de Honra 2006/07, sem registar qualquer vitória.

O jogo arrancou em alta rotação, com 15 minutos iniciais de grande qualidade e emoção, surgindo várias oportunidades junto das duas balizas, em especial a de Ventura.

Camora abriu as hostilidades, com um remate ao lado logo aos dois minutos, e Godemeche, sozinho ao segundo poste, atirou à barra, dois minutos depois.

A resposta do Portimonense surgiu no minuto seguinte, com uma jogada pela direita conduzida por Ivanildo, que serviu Peña em zona central e o venezuelano rematou a rasar o poste.

Depois de Camora ter colocado Ventura à prova, aos 35 minutos, foi em cima do intervalo (45) que a Naval chegou com justiça à vantagem: Godemeche aproveitou falha de marcação e cabeceou para golo ao segundo poste, após canto de Hugo Machado.

O técnico do Portimonense, Litos, reagiu à má primeira parte do seu conjunto e modificou a estrutura inicial, colocando Pedro Moreira e Pires em campo na segunda parte.

A reacção dos algarvios materializou-se em vários lances de perigo para a baliza de Salin: Pires desviou torto (52) e Pelembe atirou por cima em duas ocasiões (60 e 63).

Pelo meio, aos 57 minutos, Previtali esteve perto de aumentar a vantagem para os navalistas, com Ventura a defender com o pé um remate do avançado.

Aos 75 minutos, Carlitos foi expulso, ao ver o segundo amarelo, e no livre subsequente os algarvios quase empatavam: André Pinto atirou ao poste e, na recarga, Lito, com a baliza deserta, também atirou aos “ferros”.

O Portimonense “sufocou” a Naval 1.º de Maio até final do encontro, com mais “coração” que “razão”, mas não conseguiu chegar ao empate.