O Sporting não conseguiu quebrar a série de dois jogos sem vitórias e somou hoje mais um capítulo nesse jejum. Frente ao Nacional, a equipa de Paulo Sérgio voltou a revelar os pecados que cometeu em jogos anteriores: falta de eficácia e desacerto nas transições.
Os leões entraram com três novidades no ‘onze’ – Postiga, Zapater e Vukcevic – e mostraram desde cedo a sua vontade de resolver o jogo. Paulo Sérgio alertara para a obrigação de somar os três pontos, a fim de manter a equipa na luta pelo título e não se atrasar mais para o FC Porto. 
Contudo, Vukcevic e Yannick desperdiçaram várias ocasiões na primeira parte, que podiam ter sentenciado logo ali o desfecho da partida.
Com alguma falta de inspiração e ideias no ataque, que só a boa atitude e dinamismo de alguns disfarçava, o nulo acabou por resistir até ao intervalo.
O Nacional foi quase inofensivo neste período e nem o seu contra-ataque se revelou suficientemente perigoso para incomodar Rui Patrício.
Para a segunda parte, Paulo Sérgio decidiu ‘agitar as águas’ e recorreu à chamada ‘segunda linha’, que tão boa conta tinha dado de si em Lille. Liedson e Yannick não voltaram dos balneários e entraram Salomão e Saleiro.
Os dois jovens contagiaram a equipa com a sua irreverência e o Sporting subiu de rendimento. Mais rápidos e pressionantes, os leões eram agora também mais perigosos e não foi surpresa que chegasse finalmente à vantagem, face ao seu maior domínio. 
Aos 64’, Saleiro assina um grande golo, num espectacular remate à meia volta na área, após um desvio inicial de um colega. A tranquilidade parecia chegar a Alvalade, mas as ocasiões que se seguiram continuaram a ser desperdiçadas.
“Quem não marca arrisca-se a sofrer”, diz o ditado. E a sabedoria popular revelou-se certeira, com a falta de eficácia a trair o Sporting. Os leões começaram a abrir brechas na defesa e Danielson aproveitou uma jogada confusa para fazer o empate aos 80’ sem qualquer oposição.
O nervosismo cresceu exponencialmente e com a pressão do relógio e dos adeptos o Sporting não conseguiu desfazer o empate, num resultado que cumpre as ambições do Nacional para esta partida. Os alvinegros nunca perderam o norte da sua estratégia, revelaram-se muito práticos e quebram o ciclo de três desaires consecutivos.
Para o Sporting é o terceiro jogo sem vencer e a despedida de Alvalade fez-se ao som de assobios.