José Eduardo Bettencourt abordou esta noite, em entrevista à RTP1, o momento do Sporting, salientando a sua determinação em continuar à frente dos destinos dos leões.

"Não me demito, nem percebo esses pedidos. Não estou minimamente agarrado ao lugar. A eleição é relativamente recente [um ano e quatro meses]. O mandato tem sido executado, mas é verdade que o momento desportivo está muito longe daquilo que os sócios merecem", afirmou o presidente do clube de Alvalade, acrescentando: "O Sporting não precisa de estar sempre a dar o peito às balas, até porque as alternativas são escassas e muito débeis. Sabia que o momento que o Sporting vivia não era dos mais fáceis."

Bettencourt lançou ainda um apelo à auto-estima da massa associativa leonina para não se deixar abater: "Temos tendência para ignorar as coisas bem feitas que fazemos e para nos auto-destruirmos, que não é de agora. Os adeptos têm razões para estar desanimados, mas vejo como se trabalho, o jogo jogado… tem havido resultados aquém do trabalho que é feito. O Sporting tem um potencial de crescimento enorme."

Paralelamente, o líder leonino vincou a sua confiança absoluta no trabalho do treinador Paulo Sérgio e no director desportivo Costinha. "O meu treinador não está a prazo. Gosto imenso da forma como ele trabalha, da maneira como lidera a sua equipa e como os jogadores estão a reagir", referiu o dirigente a propósito do técnico, chamando ainda a si o grosso das responsabilidades: "Peço responsabilidades a mim próprio. O resto são equipas que se formam."  

 Sem querer fazer ajustes de contas com o passado, José Eduardo Bettencourt assume os seus erros ao longo do seu mandato. "Não tenho o mínimo problema em reconhecer que aqui e ali errei. Todas as heranças são difíceis e a minha perspectiva de abordagem não é 'revanchista'. O ambiente que se vive hoje à volta do Sporting é muito difícil para trabalhar, é de cortar à faca, mas assumo as minhas responsabilidades", concluiu.