A União de Leiria foi a mais recente vítima do ‘rolo compressor’ que é o FC Porto de André Villas-Boas. Depois de ter cedido os primeiros pontos na última ronda com o V. Guimarães (1-1), os dragões mostraram desde o primeiro minuto que esse jogo foi um acidente no percurso exemplar desta temporada, que se conta já em 14 vitórias em 15 encontros oficiais.

Sem Belluschi e Sapunaru, hoje substituídos no onze por Fucile e Ruben Micael, a máquina azul e branca não deu mostras de sentir as trocas operadas pela lei da rotatividade do seu treinador.

E se Falcao ameaçou logo aos oito minutos com um remate à trave, Hulk iniciou mais um recital e consumou o domínio portista com um ‘bis’ em cinco minutos. Aos 14’, o Incrível assina um magnífico chapéu, pleno de classe, perante Gottardi, e aos 19’ desvia subtilmente para a baliza, após assistência de Falcao. Cada vez menos Givanildo (o seu nome próprio), cada vez mais ‘Incrível’: assim é Hulk esta temporada. Estavam cumpridos 20 minutos e o jogo parecia já resolvido, tal a superioridade e qualidade evidenciadas hoje pelo FC Porto.

No entanto, o intervalo só chegou depois dos dragões aumentarem a vantagem para 3-0, graças a um bonito golo de Varela, que bailou na defesa leiriense na sequência de um livre executado rapidamente por João Moutinho e que surpreendeu a defesa forasteira.

A segunda parte só prometia mais golos do FC Porto e as expectativas confirmaram-se logo aos 50’, por Falcao. O colombiano foi mais rápido que o seu marcador e cabeceou para o quarto tento azul e branco.

A equipa de Pedro Caixinha, que até vem rubricando um dos melhores arranques dos últimos anos, parecia impotente para travar a dinâmica portista, mas conseguiu soltar-se um pouco com o abrandamento dos dragões. Assim surgiu o tento leiriense, na conversão de um penálti; Carlão apontou com sucesso o castigo da falta de Fernando sobre Pateiro.

André Villas-Boas aproveitou então para gerir o desgaste e trocar algumas peças, destacando-se a estreia de James Rodriguez na Liga. Todavia, as trocas não retiraram eficácia à máquina azul e branca e Falcao fechou aos 75’ as contas do resultado, elevando para 5-1, na conclusão de uma bonita jogada com Hulk.

A noite distinguiu assim da melhor forma o primeiro ano de André Villas-Boas como treinador, numa carreira que se iniciou há 365 dias com a Académica. O FC Porto soma e segue na Liga, com 22 pontos em oito jogos, mais sete do que o segundo classificado, o Benfica (15).