A APE realiza na quinta-feira, no estádio do Dragão, no Porto, um seminário sobre gestão de estádios, com a participação dos presidentes da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga de Clubes, Gilberto Madail e Fernando Gomes, respectivamente, e ainda de Luís Sardinha, presidente do Instituto do Desporto de Portugal, Pedro Afra (ex-dirigente do Sporting e especialista em marketing) e António Laranjo, director do Euro2004, entre outros.

“Os estádios, enquanto infra-estruturas municipais, devem apresentar múltiplas funções, entre serviços, comércios, lazer e vertentes lúdicas. Essa é a única forma de conseguir inverter esta tendência de endividamento. Nos últimos seis anos, tudo esteve parado e, agora é tempo, de agitar consciências, criticar e fazer”, disse à Lusa o presidente da direcção da APE, Leonel Pontes.

A APE foi criada em 2001 e tem nos seus corpos sociais representantes da maioria das entidades gestores dos 10 estádios construídos ou remodelados para Portugal receber o Campeonato da Europa de futebol de 2004.

“Há salvação para os estádios em Portugal, da mesma forma que há salvação para a economia portuguesa”, garantiu o dirigente.

Os estádios de Aveiro, Leiria, Algarve e Coimbra têm vivido momentos de contrariedade, apesar de alguma – e recente - recuperação financeira: em Aveiro, por exemplo, chegou a falar-se na possibilidade de demolição e alunos do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) de Aveiro lançaram um concurso de ideias para potenciar o espaço, avançando com a hipótese de um casino ou de um espaço cultural de referência.

Em Leiria, a União local colocou a possibilidade de abandonar o recinto (é um dos com menor utilização e reduzida afluência de público) e o presidente da autarquia falou na possibilidade de se vender o espaço a um investidor privado, enquanto em Coimbra, o comércio e habitação e, mais recentemente, os concertos de bandas internacionais têm amenizado a dor.

Já no Algarve, agora com o Portimonense a utilizar o recinto para os seus jogos em casa, a ocupação também é escassa, apesar do rali de Portugal ou das três primeiras finais da Taça da Liga, que agora Coimbra vai receber por três temporadas.

É, por isso, que a APE quer dar uma “pedrada no charco”, de forma a rentabilizar os “estádios menos bem aproveitados”, dotando os restantes, “os que são bem aproveitados”, de outras valências.

“Temos infra-estruturas tão boas como outro qualquer país da Europa. Urge, agora, aproveitá-las. Por isso, decidiu a APE delinear um plano de prestação de serviços, de forma a ajudar as entidades gestores em determinadas matérias, sobretudo naquilo que diz respeito a situações de carácter técnico”, concluiu Leonel Pontes.

O seminário organizado pela APE inicia-se a partir das 09h00, no estádio do Dragão.

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