José Mourinho chegou ao Benfica pela mão de Vale e Azevedo, mas foi no mandato de Manuel Vilarinho que abandonou o clube, depois de ganhar 3-0 ao arqui-rival Sporting.

“Ele ganha 3-0 ao Sporting ao domingo e na segunda-feira aparece numa reunião de direcção, às 22h00, dizendo: “Ou renovam o meu contrato ou amanhã já não dou treino. As relações não eram boas por culpa dele”, lembra Vilarinho, que informou Mourinho que Toni seria o seu treinador se ganhasse as eleições.

No entanto, ao ver o trabalho do técnico, Vilarinho reconsiderou, mas as constantes dedicatórias de Mourinho a Vale e Azevedo foram determinantes.

“Já depois de ganhar as eleições, gostava do seu trabalho. Já se viam coisas muito boas e quis que ele fosse o homem responsável por todo o futebol. Só que a cada vitória dedicava-a a Vale e Azevedo. Pensei: “Mas o que é isto?”. Eu deveria ter engolido aqueles sapos”, frisou, acrescentando: “Não o despedi, apenas consenti o seu despedimento”.

Vilarinho conta, pela primeira vez, que “queria renovar com ele não por uma época, mas por duas”, já que ficando naquele lugar ia “proporcionar sossego”. Mas “o ultimato foi chato”.

“Devia ter-me posto no verdadeiro lugar de gestor: engolia o sapo, renovava com Mourinho e o Benfica ficava a ganhar com isso. Foi um mau acto de gestão que tomei”, assume.

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